sábado, 14 de novembro de 2009

Capítulo VIII

CAPÍTULO VIII

A propaganda assume maiores proporções e as novas doutrinas fazem prosélitos.

A partir de minha estada em Cafarnaum, a semente de minha predicação parecia haver chegado ao ponto da sementeira, pois o povo acudia cada vez mais pressuroso a ouvir minhas palavras e mais disposto parecia também para a aceitação, na prática, dos ensinamentos que iam assim recebendo.
Cafarnaum, terra querida, albergue de meus melhores momentos, desde que abandonado havia as terras dos pagãos. Muitas vezes a idéia e o afeto voaram para ti em meus momentos de angústia!... Quando, entrado eu no desfiladeiro inexorável que não tinha outra saída para mim senão a do calvário e da cruz, a lembrança de tuas noites agradáveis, rodeado pelo mistério dessas horas silenciosas e pelo ambiente de terna veneração com que me distinguiam os simples pescadores de tuas margens, enchia minha alma de doce melancolia, fazendo-me exclamar ao mesmo tempo: — Há também amor, há sentimentos ternos e benévolos nesta mísera morada terrestre e eles farão que não se torne estéril o sacrifício de minha tranqüilidade e de minha vida! — Quando o pensamento dulcíssimo da amorosa contemplação desse passado, tão próximo ainda, levantava diante de meus olhos a apinhada multidão de pequenos semblantes sorridentes e olhares angélicos, de mães carinhosas simbolizando a própria ternura, tímidas jovenzinhas e galhardos e formosos mancebos, pais de olhar indulgente e veneráveis anciãos, formando uma grinalda brilhante e viva, pendente toda ela da palavra ungida do Filho de Deus, e mais do que nunca nesses momentos o era, então parecia por um momento querer meu espírito fechar os olhos ao brilho da luz que me apontava o caminho da redenção passando pela ponte do martírio, porém, ao mesmo tempo surgia todo o vigor desse brilhante princípio para amparar-me e estimular-me para o êxito no porvir. Todo esse amor, todo esse sentimento e as aspirações vagas, porém unânimes, a um mundo melhor, que fixas em seus olhares me haviam demonstrado a porção mais sincera desse povo, eram para mim a prova evidente do caminho que devia seguir.
O fim que me aguardava resultava demasiado evidente e tampouco tratava de ocultar-mo. Em vez disso, havia-me firmado no deliberado propósito de ir de encontro à morte, que por lei correspondia a todo aquele que ensinasse e propagasse doutrinas contrárias à religião do Estado, tanto mais arrogando-me eu o título pretensioso de Filho de Deus.
Certamente uma força invencível agia nas profundidades de minha consciência, elevando meu espírito a tais condições de superioridade sobre o finito que me rodeava, que as brilhantes aspirações de minha alma tomavam a eficaz aparência da própria realidade, vendo-se então meu ser pairar na imensidade do amor e da verdade eterna, no próprio seio das grandiosas manifestações do Pai, de quem me sentia realmente o enviado.
Filho de Deus resultava realmente, segundo a idéia messiânica e pelas extraordinárias coincidências que haviam rodeado meu nascimento e as que também na idade adulta e viril acompanhavam a minha pessoa.
Coincidências disse, mas no reino de meu Pai, que o Universo inteiro comporta, nada por coincidência sucede, porquanto a mais leve brisa e o diminuto grão de areia não se movem sem sua vontade. O messianismo, portanto, e a filiação divina deviam confundir-se em uma entidade só, como o era, isto é: na pessoa de Jesus.
Toda a abnegação e grandeza de alma que tal estado compor-tava, somente a mesma pessoa de Jesus, assim iluminada, amparada e elevada, podia valorizá-lo, dando-lhe também sua prática execução. Por isso mesmo vinha já preparado, antes de seu nascimento, mediante numerosas e elevadas alianças no Senhor, que lhe deviam aplainar o caminho da redenção humana, iluminando-o também e amparando-o em tão árdua missão. Este propósito que guiara o Messias em sua vinda à Terra, é hoje o mesmo de então; o pensamento primordial que abriga em seu ser, e a ele, agora como antes, avassala tudo o mais, que outra cousa não comporta senão o meio e o tempo para a semeadura e a colheita da semente do amor fraternal, em que devem alimentar-se, fortalecer-se e engrandecer-se até alcançar o reino de meu Pai. Felizes os que por tal caminho marcham, porque deles será o porvir, que somente a obra do amor há de ser. Certamente estreita é a porta que até o Pai leva, ao passo que espaçosa vê-se a que à perdição conduz.
Vós, avezinhas sois que os primeiros passos haveis dado já pelas vias do Senhor, mas não intentastes ainda o auxílio de vossas asas. O amor são vossas asas, apoiai-vos pois nelas e levantai-vos acima das estreitezas do caminho, para chegar ao ninho onde o cálido afeto de quem vos deu o ser vos aguarda; Pai, é esse que jamais olvida a suas criaturas, porquanto pequeninos e fracos ante ele sempre hão de ser, como sempre vós, como eu, sempre filhos de Deus, fostes, sois e sereis.
Filhos meus queridos, compreendei pois de uma vez, que o amor a única base há de ser que sobre si comporte o peso do inteiro porvir vosso. As obras inspiradas assim, sobre o amor de nosso próximo, devem levar consigo o suave aroma do sentimento que lhes deu vida.
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