quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Espíritos Recalcitrantes

XVI

ESPÍRITOS RECALCITRANTES


A vida terrestre representa para os Espíritos nela encarnados a verdadeira estrada da sua evolução, aos quais incumbe percorrê-la tantas vezes quantas forem necessárias ao aprimoramento moral de cada um. Espíritos há atualmente no Alto, desfrutando a vida livre, feliz, que viveram centenas ou até milhares de existências na carne só neste planeta, afora as que tiveram de viver noutros planos infe­riores a este. Depois de cumprirem as etapas evolutivas de ca­reciam, ou foram promovidos à vivência em mundos mais adianta­dos, ou se encontram ao serviço de Nosso Senhor Jesus, em favor de quantos irmãos espirituais ainda se encontram na Terra.
Chegou porém o momento em que a própria Terra tem de passar por transformações profundas em sua estrutura física, com alterações sensíveis em todos os setores habitados, o que vem sendo planejado há mais de dois mil anos por necessidade de sua própria evolução. É por tal motivo que Nosso Senhor Jesus determinou o chamamento de todos os homens e mulheres à realidade de si mes­mos, despertando seus Espíritos para as necessidades da vida espiri­tual, a fim de que comecem a desprender-se dos interesses pura­mente materiais que tanto os prendem a este plano físico. Bem sabe Nosso Senhor que esse apego dos encarnados aos interesses mate­riais é uma decorrência natural da vida terrena. É preciso porém, que se desprendam dessas cadeias e comecem a cuidar a sério de seu amanhã que não tarda, para que possam transferir-se tranqüila­mente daqui para o Além.
Este enviado que vos fala sente-se profundamente feliz em ter sido designado para vos dirigir algumas palavras neste propósito, a fim de que possais capacitar-vos do empenho que vai pelo Espaço de Deus, em preservar todos os filhos encarnados de situações pro­vávelmente terríveis ou apenas dolorosas, que podem ser perfeita­mente evitadas.
Desde séculos e séculos que na Terra se fala em salvação das al mas em meio às doutrinas aqui ensinadas, sendo este ensino até a pouco nada mais do que uma idéia puramente abstrata. Tem-se indagado por vezes: salvar como? — sem que se tenha dado res­posta satisfatória à indagação. Os menos crentes por sua vez não encontram sentido na afirmativa de que o Senhor é o nosso Salva­dor, porque só Ele pode salvar, realmente, a todas as almas. Essa afirmativa possui em verdade uma autêntica realidade, e nos tempos que passam ela aí está em pleno vigor através dos conselhos que estão sendo divulgados neste país e que deverão percorrer todo o orbe terráqueo, a fim de que todos os homens e mulheres deles tomem conhecimento e se preparem devidamente para a sua pró­xima viagem de regresso ao mundo espiritual.
Se outros e mais positivos fossem os ensinamentos religiosos difundidos na Terra, talvez estes conselhos não fossem necessários, porque os seres humanos estariam permanentemente preparados para empreenderem a qualquer momento a sua viagem de regresso. Infelizmente, porém, aqueles ensinamentos, de tão superficiais, não chegam a incutir na mente dos encarnados a realidade de sua vida transitória na Terra, encarnação após encarnação, deixando os adep­tos apenas cientes da existência de um Deus por vezes vingador, de Jesus, seu filho unigênito, em cujo poder muito poucos che­gam a acreditar. Temos todos verificado que as pessoas que real­mente pensam na misericórdia do Senhor Jesus, voltam seus pensa­mentos para o sacrifício do Calvário de há dois mil anos sem che­garem a meditar a sério na grandeza dessa misericórdia que não cessa um dia sequer de envolver a todos os filhos encarnados.
Com a aproximação do momento decisivo para a operação-trans­formação, deliberou o Senhor mandar emissários a Terra a despertar individualmente a todos, e eis o que estamos fazendo, percorrendo todos os caminhos e regiões habitadas, e batendo de porta em porta como quem tivesse de despertar os moradores para algum grande perigo iminente que estivesse a pique de os atingir. Esse perigo existe realmente, meus queridos e não é outra a nossa tarefa em pro­curar despertar-vos do sono da matéria que estais vivendo, o que esperamos conseguir por meio da palavra escrita e outros meios ao nosso alcance.
Poderá algum filho argumentar dentro dos limites de seu conhe­cimento, que não haverá necessidade deste chamamento a que se devotam muitos milhares de mensageiros do Senhor, visto como sempre se morreu na Terra sem necessidade de conselhos espirituais. Quem assim argumentar, por hipótese, está claro não deixará de estar certo, porque em verdade sempre se registraram desencarna­ções, normalmente ou não, sem que uma preparação se fizesse no sentido do esclarecimento dos encarnados. Está certo o argumento do ponto de vista da Terra, mas não o está do ponto de vista do Alto. Exatamente pela falta de preparação dos encarnados acerca de sua origem, finalidade e destino, é que tem resultado o desper­dício de existências e mais existências para milhões de almas na Terra, regressando quase todas ao Espaço em condições algumas vezes inferiores àquelas em que reencarnaram. Disso tem resultado a falta de progresso daquelas almas na Terra, tendo necessidade de aqui voltarem seguidamente sem nenhum ou quase nenhum proveito para a sua evolução.
As circunstâncias são agora outras, porém, em face das modi­ficações a serem introduzidas na estrutura da Terra e na vivência dos Espíritos encarnados do próximo século, tornando-se necessário afastar deste plano quantos Espíritos já esgotaram os prazos que lhes foram concedidos para evoluírem na Terra — e quão longos tem sido! — tendo por isto de passar a outros planos de acordo com a sua categoria.
Estou a adivinhar uma pergunta que poderão formular alguns leitores menos compreensivos, desejosos de um esclarecimeto acerca de como se poderá identificar esses Espíritos que persistem em viver afastados de seus compromissos e deveres espirituais. Eu lhes deixarei nestas linhas esse esclarecimento, porque muito útil poderá ser igualmente para todos os leitores, habilitando-os a, por sua vez, esclarecerem os demais. O processo é o seguinte: todo encarnado, homem ou mulher, cuja maneira de viver entre em cho­que com os postulados da sociedade humana; que, de modo próprio, incide e reincide na infração a esses postulados, ou para ser mais claro, que engana, prejudica, ofende o semelhante, está incorrendo não apenas na infração aos postulados da sociedade de que faz parte, como também das leis de Deus que mandam amar aos seme­lhantes como a nós mesmos.
Criaturas que por interesses malsãos vivem a se aproveitar da confiança, boa fé ou ignorância dos semelhantes para os prejudica­rem, estão desde logo identificadas como Espíritos recalcitrantes na prática do erro, uma vez que sua consciência lhes diz continuamente que tais atos não são dignos nem corretos, e que um dia virão a pagar por eles. Isto é a pura verdade, visto como a lei nos ensina que teremos de resgatar todas as dívidas até ao último ceitil. Todas as criaturas nas condições descritas, assim procedem por inferiori­dade moral, por maldade, usando de astúcia ou de violência para prejudicar seus irmãos, contrariamente ao que no Alto prometeram antes que lhes fosse concedida a presente encarnação.
Não sendo então a primeira vez que assim procedem, nem tal­vez a décima para muitos destes irmãos, tem de todo esgotada a tolerância que lhes fora creditada e terminarão desta vez suas vindas a Terra, onde tão pouco conseguiram de útil para o próprio progresso. Estes irmãos recalcitrantes não poderão, evidentemente, fazer parte de uma humanidade correta, cumpridora dos seus deveres espirituais de amor e bondade como será a humanidade do pró­ximo século, porque sua permanência na Terra constituiria nada menos que uma mancha negra sobre uma superfície alvanescente, característica dos atos e pensamentos da nova civilização que virá habitar a Terra no decorrer do próximo século.
A humanidade que já se encaminha para a Terra, distinguir-se-á da atual pelo alto nível moral de seus pensamentos, os quais, reu­nidos na atmosfera da Terra, hão de formar uma espécie de novo satélite destinado a fornecer aos viventes de então a força magnética de que eles possam carecer em seus empreendimentos. Será esse novo satélite ao mesmo tempo, um regulador indispensável da vi­vência planetária, assim como ao atual — a Lua — incumbe regular um sem número de atividades em vários setores da vida terrena.
Aí tendes meus queridos irmãos encarnados, em breves traços, um quadro que vos poderá habilitar a identificar ao vosso redor os irmãos cujos atos os impedirão de voltar a Terra por todo o sempre, uma vez que terão de seguir um caminho que os levará a encarnar em mundos onde poderão ensinar algo do que aqui aprenderam, a quantos outros filhos de Deus nesses mundos sofrem ainda a lapi­dação de seus Espíritos primários.
Eis o que veio dizer-vos por determinação do Senhor Jesus, um irmão vosso que também palmilhou como vós os mais áridos e sombrios caminhos da Terra, ao longo dos quais tanto amou e so­freu em prol de sua evolução. Hoje, distinguido com a graça do Senhor, aqui está e se despede

LÉON TOLSTOI

__________
Not. biogr. — Léon Nicolaievitch, Conde de Tolstoi — 1828-1910. Ro­mancista e moralista russo. Nasceu em Iasmaia em 9 de setembro de 1828. Ficando órfão muito cedo, teve um preceptor francês, Saint Thomas, apresen­tado em suas recordações com o nome de Jerônimo. Em 1843 entrou para a Universidade de Kasan, dela se retirando quatro anos depois para Iasmaia Poliana, sua terra natal, onde pretendia residir. Em 1851, porém, foi mobili­zado para o Cáucaso, sendo nomeado oficial de artilharia na guerra do Oriente. Aí escreveu sua primeira obra “A infância”, publicada em 1852 com as iniciais L. T. Sua atuação destacada no cerco de Sebastopol e na batalha de Tchernaia, valeu-lhe a nomeação para comandante da sua divisão. Terminada a guerra fixou-se em Petrogrado, onde se dedicou à literatura, es­crevendo aí várias obras. Em 1858 percorreu vários países da Europa, onde escreveu mais algumas obras. Regressando à sua cidade fundou uma escola modelo para os camponeses e uma revista pedagógica, sendo nomeado juíz de paz. Casou-se em 1862, em cuja vida tranqüila do lar, escreveu “Guer­ra e Paz” e “Ana Karenina”, duas obras que bem prenunciavam as suas idéias futuras. Travando conhecimento com dois camponeses, Soutaiev e Bondarev, fundadores de duas seitas religiosas destinadas a demonstrar que a renovação do mundo se fará por meio do trabalho manual e individual, Tolstoi abando­nou o mundo para se dedicar aos trabalhos da terra com suas próprias mãos. Tornou-se então vegetariano, vestiu a blusa do monjik e renunciou aos bens, mas não abandonou a pena, escrevendo a seguir várias de suas obras importantes, como: “Senhor e servo”, “A sonata de Kreutzer”, “O poder das trevas”, “A morte de Ivan de Illitch” e algumas outras. A 20 de dezembro de 1910, durante uma excursão iniciada dez dias antes, Léon Tolstoi desencarnava em Astapow, extinguindo-se aí uma vida inteiramente devotada ao aperfeiçoamento da maneira de pensar e de viver dos seus con­temporâneos. Suas máximas prediletas eram: “Amai-vos uns aos outros” e “Não resistais ao mal pelo mal”. Para Tolstoi toda a esperança numa trans­formação social num sentido melhor, residia na reforma moral dos indiví­duos. Suas “Obras completas” foram publicadas em 18 volumes (1893-1903).




Todos os direitos da presente mensagem são reservados para Editora e Distribuidora 33
conforme lei vigente. Para qualquer tipo de impressão ou publicação é necessário pedir por
escrito à Editora 33. A presente mensagem é livre para copiar e distribuir entre amigos e
grupos de estudo, se gostou, indique para familiares e amigos. Pelo auxilio na divulgação
desde já agradeço de coração.
Visite nosso site: www.editora33.com.br ou http://novaordemdejesus.blogspot.com/
Desejo a todos, muita luz, paz e amor.
Darci Dickel

Ajudemos os Botões de Rosa

XV

AJUDEMOS OS BOTÕES DE ROSA

A vida dos Espíritos de todas as categorias, tanto daqueles que iniciam os primeiros passos como seres encarnados, seja neste pla­neta terreno já em certo grau de adiantamento espiritual, seja na­queles onde ainda impera a lei do mais forte, a vida de todos eles obedece aos mesmos princípios evolutivos, e há de os conduzir a todos ao mesmo alto grau de aprimoramento espiritual.
Aqueles que já mereceram viver na Terra e aqui têm vindo século após século, já se encontram numa fase que eu denominarei de média evolução, embora ainda se encontrem em seu meio almas bastante endurecidas. Por endurecidas eu desejo significar um não pequeno número de encarnados refratários aos ensinamentos escla­recedores da vida no Além e suas obrigações para com Deus e Jesus. São almas que ainda não abriram o coração aos ensina­mentos do amor e da fraternidade, não podendo assim irradiar bon­dade e fé em torno de si, embora estes atributos se encontrem latentes em seu coração. É o mesmo que haveis de testemunhar ao tomardes nas mãos um minúsculo botão de rosa que em vão tenta­reis aproximar do olfato, visto como, sendo apenas botão, não pode exalar o delicioso perfume que somente a rosa perfeitamente aberta pode exalar.
Pois os nossos irmãos ainda na fase que chamamos endure­cida, são outros tantos botões de rosa que ocultam no íntimo dos seus corações os belos sentimentos que hão de elevá-los um dia à categoria de Espíritos Superiores. Prosseguindo com a imagem dos botões de rosa, já sabemos que sua abertura plena depende entre outros fatores, de sua fase de crescimento e maior ou menor expo­sição aos raios solares. Também os nossos irmãos endurecidos hão de alcançar seu próximo estágio evolutivo de Espíritos de fé, se­gundo a circunstância em que se encontrarem em relação aos ensi­namentos espirituais. Àqueles que tiverem a felicidade de conviver com outros irmãos esclarecidos, e ouvirem deles conselhos e ensina­mentos para seus Espíritos, mais depressa se abrirá o coração ao amor e à fé, e mais depressa alcançarão também o seu próximo degrau espiritual.
Já os demais, os que viverem retirados dos centros de irradia­ção espiritual, e por isto privados do convívio com irmãos prepara­dos que lhes ministrem os ensinamentos de que carecem, são botões de rosa criados à sombra, e só tardiamente poderão irradiar o per­fume que se aninha em seus corações. Disto se infere, por conse­guinte, que não existem homens maus e homens bons porque assim tenham nascido, mas simplesmente porque diferente é o seu grau evolutivo, ou seja, a sua idade espiritual.
Nosso Senhor Jesus manda-me recomendar a todos os meus lei­tores, em face do exposto, que ajudem no que puderem a abertura dos botões de rosa que lhes estiverem próximos, por meio de peque­nas palestras informais, conduzidas habilmente para esse objetivo, na certeza de que o que fizerem beneficiará igualmente a ambos: ao que recebe o ensinamento, iluminando-lhe o Espírito, e aos que o proferem, exercendo dessa maneira um mandamento divino: ensinar os ignorantes, estão com isso acrescentando luz aos seus Espíritos. É preciso contudo, agir com muita prudência e bastante paciência, não vão os ensinamentos que pretendem ministrar, provocar reação contrária da outra parte.
Nosso Senhor incumbiu-me ainda de recomendar aos estimados irmãos leitores deste volume, que se preocupem o que puderem com o nível de sua linguagem diária usada em suas atividades por que isso representa muito em relação ao maior ou menor brilho, de sua atual luz espiritual. Se um encarnado cujo Espírito se encontre classificado numa categoria bastante evoluída, usar habitualmente um tipo de linguagem incompatível com a sua categoria, devido quase sempre às circunstâncias do meio em que cresceu, uma certa névoa se formará em sua aura, empalidecendo-a de tal maneira que a mesma poderá ocultar-se aos próprios Espíritos Superiores. E quando este fenômeno se verifica, o que é deveras lamentável, esse encarnado poderá regressar a seu tempo ao plano espiritual de onde veio a Terra, em circunstâncias bastante desagradáveis para si próprio. Verificará então, que o desleixo com que viveu sua exis­tência terrena, segundo o nível da linguagem que usou, ao invés de contribuir para o seu progresso, o que fez foi determinar o seu estacionamento sabe Deus por quantos séculos. Já tem acontecido que mesmo enquanto na Terra, encarnados que se afeiçoam ao uso de uma linguagem condenável por sua deselegância moral, encer­raram sua vida física em situação bastante triste e dolorosa, com o corpo afetado por enfermidades produzidas exclusivamente pelos reflexos da má linguagem que tanto lhes agradava usar, julgando-se com isso originais. Acresce que um tal tipo de enfermidades a medicina terrena é impotente para curar porque entre vós não existem por enquanto certos medicamentos espirituais. Quer dizer: para enfermidades de origem moral, medicamentos espirituais; as­sim como para as de origem material, medicamentos terrenos.
Isto posto, meus prezadíssimos irmãos encarnados, quero ofere­cer-vos um ensinamento de grande utilidade para todos vós en­quanto permanecerdes na Terra, e de experiência para os vossos Espíritos quando vos for dado regressar ao mundo espiritual. Quero referir-me ao costume bastante difundido entre os seres humanos de toda a esfera terrestre, de se dirigirem a Deus, o Pai Celestial, assim como a Jesus, o Senhor do Mundo, como se o fizessem a um igual, a um amigo que dispensasse certas normas de hierarquia ou demonstração do maior respeito vosso. Esse costume nós o verifi­camos largamente difundido, mais certamente por falta de ensina­mentos por parte das diversas correntes religiosas existentes na Terra, do que propriamente pela índole de cada um. É necessário dizer a todos os encarnados que o ato de alguém se dirigir ao Pai Celes­tial ou ao Senhor do Mundo, e ainda às Entidades de sua devoção, deve ser precedido de uma demonstração de humildade tal, que uma vibração da maior pureza de sentimentos possa atingir no Alto a Entidade invocada. Costuma-se proferir uma prece, é ver­dade, antes do pedido. É necessário porém, que essa prece seja proferida pelo coração, mais do que pelas palavras declamadas porque essas palavras permanecem no ambiente e só o sentimento alcança o alvo visado — o Pai Celestial, o Senhor do Mundo ou as Entidades espirituais. Se aquele que necessita de algo e para adquiri-lo resolve dirigir-se às Entidades de sua fé, e o faz após a irradiação de uma prece verdadeiramente sentida e acompanhada de uma vibração harmoniosa de seu coração, e ainda isento daquela ânsia dos desesperados, mas tranqüila, serena, otimista, pode ficar certo de que o seu pedido se inscreveu por si mesmo nos arcanos espirituais, e seu atendimento já não necessita do beneplácito do Alto, porque o pedido levou toda a força requerida para se mate­rializar sem mais demora.
Argumentareis vós que em tal caso os aflitos, os desesperados, não poderiam ver-se atendidos em determinadas circunstâncias. Vosso raciocínio estaria certo por desconhecerdes o potencial enor­me de um pedido feito por um ser encarnado em momentos críticos, num naufrágio ou grave perigo, por exemplo, em que não sobra tempo para a prece nem a meditação. Nesses casos, que são muitos por toda à parte, a vibração de socorro emitida pelos Espíritos em perigo é tão poderosa, que todos nós a identificamos no Espaço pelo traço luminoso característico produzido no éter que circunda a Terra. Uma vez identificado esse traço, acorrem ao local as Enti­dades disso incumbidas, e o socorro é imediatamente prestado. Isto não quer dizer, contudo, que as vidas em perigo sejam todas salvas, mas algumas o serão, aquelas cuja hora de partir não tenha chegado para elas. As demais, as que não puderam ter sua permanência na Terra prolongada nesses momentos, são Espíritos cuja partida de regresso estava de antemão fixada, inclusive da maneira pela qual se verificar. Isto sucede em virtude da lei que conheceis pela denominação de Causa e Efeito ou Lei do Karma. É ela que pres­creve a maneira pela qual deverá desencarnar este ou aquele Es­pírito em peregrinação na Terra, cujos motivos o próprio conhece e conferirá em sua chegada de regresso ao seu plano espiritual.
Assim pois, desejo firmar ainda uma vez a necessidade de vos dirigirdes ao Pai Celestial, a Nosso Senhor, bem como aos vossos Santos preferidos, não em atitude de quem se sente em condições de ordenar que lhe enviem isto ou aquilo, mas em atitude de grande humildade, de muita bondade e doçura de coração, não se esque­cendo de acrescentar ao pedido a condicional de se o merecerdes, inclusive se ele for justo e conveniente para vós. Quem assim a Deus se dirigir, quem assim pedir a Jesus seja o que for, demonstrará desde logo pela maneira por que o faz, que seu coração se encontra em perfeita harmonia com as Forças Superiores, e portanto em estado de merecimento. Muitas outras coisas eu desejaria ensinar­-vos, meus queridos irmãos, para que mais depressa alcanceis a vossa meta espiritual. Como, porém, outros Instrutores aqui tereis depois de mim, eles certamente vos dirão o que faltar, e que tudo somado completará este valioso compêndio de ensinamentos espiri­tuais que hão de ajustar-vos na vossa ânsia de alcançar a Luz Espi­ritual que ainda vos falta.
Adeus meus amiguinhos. Se porventura necessitardes de algum novo esclarecimento que em mim esteja, apelai mentalmente para o vosso dedicado irmão e amigo

ANTERO DE QUENTAL

_________
Not. biogr. — Antero de Quental — 1842-1891 — Poeta-filósofo portu­gues. Nasceu em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, Açores, em 18 de abril de 1842. Foi um dos caracteres mais nobres e um dos Espíritos mais profundos do Portugal moderno. Pertenceu a uma família ilustre por títulos nobiliárquicos e também literários. Feitos os primeiros estudos em sua Ci­dade, foi enviado a Lisboa, onde cursou o colégio fundado e dirigido por Antônio Feliciano de Castilho, e mais tarde para a Universidade de Coimbra, onde se bacharelou em Direito. Uma inteligência invulgar iluminava o Espírito de Antero de Quental, levando-o à produção de uma obra poética notável, e ao seu engajamento em virulenta e prolongada polêmica com outros poetas e escritores da qual resultou bater-se em duelo a espada, no Porto, com Ramalho Ortigão, do qual resultou um ferimento leve no pulso de Ortigão. Sua vivacidade e madureza intelectual positivou-se também na área política, com a organização em Lisboa de um programa de “Conferências democráticas”, iniciadas em maio de 1871, tendo por companheiros outras importantes figuras da época, entre as quais Eça de Queiroz, Oliveira Mar­tins, Manoel de Arriaga e Teófilo Braga. Estas conferências, porém, foram proibidas pelo marquês de Ávila, então presidente do Conselho de Ministros, o que levou Antero a dirigir-lhe uma carta “escrita com o fogo de sua legí­tima indignação”, segundo a crônica da época. Desgostoso com a situação em Portugal, Antero dirigiu-se aos Estados Unidos e depois à França, onde neces­sitou de consultar alguns médicos, inclusive Charcot. Regressando a Portugal bastante doente, retirou-se para a sua Cidade natal, de onde uma triste notícia em breve surpreendia toda a população culta: suicidara-se o grande poeta a 11 de setembro de 1891.



Todos os direitos da presente mensagem são reservados para Editora e Distribuidora 33
conforme lei vigente. Para qualquer tipo de impressão ou publicação é necessário pedir por
escrito à Editora 33. A presente mensagem é livre para copiar e distribuir entre amigos e
grupos de estudo, se gostou, indique para familiares e amigos. Pelo auxilio na divulgação
desde já agradeço de coração.
Visite nosso site: www.editora33.com.br ou http://novaordemdejesus.blogspot.com/
Desejo a todos, muita luz, paz e amor.
Darci Dickel

Poder Maravilhoso da Oração

XIV

PODER MARAVILHOSO DA ORAÇÃO

Atendo com a maior alegria ao honroso convite com que me distinguiu Nosso Divino Mestre e Senhor, para vir ao ambiente terreno grafar algumas palavras dirigidas aos Espíritos que aqui se encontram no cumprimento de mais uma encarnação. Sejam pois minhas palavras que por este meio dirijo aos meus estimados irmãos de todo o mundo, um convite que por minha vez lhes faço eu no sentido de que abram os ouvidos às vozes que do Alto lhes chegam, porque outro objetivo elas não têm senão o de procurar acautelá-los dos perigos que podem chegar a qualquer momento.
Todos os encarnados já sabem de sobra que a vida na Terra tem o seu limite, e que ao fim dessa existência todos devem desa­parecer das vistas dos que ficam, uma vez que a matéria ficou oculta no seio da Terra. Disso todos os seres humanos estão perfei­tamente cientes porque a Lei da Vida assim o determina desde o início da vida humana neste pequeno mundo de Deus. O que certamente uma grande maioria ainda não sabe, porque não pro­curou saber, é o destino a seguir o Espírito após o decesso do corpo. E por não conhecer este destino, seja por falta de oportuni­dade para isso, seja por sua provável filiação a alguma corrente religiosa que ensina, erradamente, que tudo acaba no túmulo, ou seja ainda pelo temor que lhe cause o estudo das leis espirituais que regulam e superintendem a vida de todos os seres; por não conhecerem este particular é que essa grande maioria se assusta ao lhe falarem do futuro do Espírito ao deixar seu veículo na Terra.
É precisamente para esclarecer a todos os encarnados deste fim de século que Nosso Senhor está dirigindo uma Grande Cru­zada já iniciada na Terra por um dos seus mais dedicados servidores, o antigo Apóstolo Thomé, cujos livros repletos de ensinamentos e generosos conselhos já circulam pelo mundo em fora. Este Espí­rito que hoje vos fala, interrompeu as suas atividades no Alto a serviço do Senhor Jesus, para a seu convite vir juntar aos conselhos do bom irmão Thomé, e de outros irmãos que neste volume me precederam, a minha sincera palavra de fé, a palavra de quem tanto se empenhou no século passado em cantar em verso e prosa as belezas da vida terrena, a minha palavra de fé, repito, para vos dizer a todos do íntimo do meu coração, que é necessário desper­teis já e já, sem mais demora, para o cumprimento de deveres que solenemente aceitastes ao reencarnar mais uma vez.
Quero dizer-vos ao ouvido espiritual que não deis ouvidos àqueles que costumam apregoar que o que deste mundo se leva é apenas o que dele se aproveita à sua maneira. Nada mais errado do que semelhante conceito, emitido invariavelmente por Espíritos bastante atrasados com aspirações de orientar os demais. Nada mais contrário aos postulados da verdade, quando sabemos que exatamente do quanto haja pertencido à matéria, seja na satisfação de seus apetites alimentares, seja no que respeita a toda outra sorte de prazeres, nada disso pode contribuir para formar a bagagem da­quele que foi chamado de regresso ao mundo espiritual. É em con­seqüência de semelhante equívoco que uma aluvião de almas per­manece ao léu da sorte em meio aos encarnados, ora prejudicando a uns, ora tentando prejudicar a outros, exatamente por haverem levado toda a existência finda na ilusão de possuírem apenas o corpo sensível que perderam.
Eu vos direi então, meus irmãos encarnados, que a única ba­gagem que acompanhará a cada um dos vossos Espíritos em sua partida deste plano material, tem de ser constituída pelo valor das boas ações que houverdes praticado ao longo da vossa existência terrena, da essência dos vossos bons pensamentos dirigidos a Nosso Senhor Jesus Cristo, quando iluminados pela prece sincera de todos os dias, partida do vosso coração. O Espírito que vive uma nova existência na carne, recebeu para isso uma permissão prévia das Forças Superiores, já vossas conhecidas pela designação de Forças do Bem que o são realmente. Para essa permissão cada um de vós encarnados apresentou um plano de vida que prometeu cumprir na Terra, assim lhe fosse permitido reencarnar uma vez mais. Confiadas nessa promessa foi que as Forças do Bem autorizaram a reencarnação solicitada, designando também Guias e Protetores pa­ra acompanhar, aconselhar e proteger individualmente a quantos aqui reencarnaram. Esperaram porém, e ainda esperam as Forças do Bem, o cumprimento de uma parcela mínima que seja, daquilo que todos vós prometestes, mas, infelizmente já decorreram algumas dezenas de anos sem que a maioria dos encarnados se disponha sequer a meditar neste particular. O resultado só poderá ser o que tem sucedido a essa aluvião de almas que perambulam pela super­fície da Terra sem direção nem objetivo, nisto podendo levar anos e anos, se alguma mão amiga se não compadecer delas e vier em seu auxílio.
É infelizmente uma verdade o fato provado através dos séculos, de se julgarem os seres humanos uma espécie de pequenos deuses na Terra, e se dispensarem de orar ao Senhor do Mundo como tanto necessitam. Eu vos direi de todo o meu coração, porém, que mais necessária se faz à oração ao Espírito do que o alimento ao corpo. Se quiserdes experimentar esta verdade, o que eu entretanto, não aconselho, podereis viver normalmente de vinte a trinta dias sem vos alimentardes, orando diariamente ao Senhor com todo o vigor da vossa fé. A oração tem poder maravilhoso sobre todo o organismo humano, irradiando sobre ele poderosas vibrações capazes de o manter num estado permanente de saúde, e aumentar dia a dia a luz espiritual daquele que ora.
Então devo dizer-vos com todo o vigor da minha fé de Espí­rito que cumpriu todos os seus deveres espirituais na Terra, Espí­rito que em milhares de vidas neste planeta adquiriu todo o pro­gresso que alguém aqui possa adquirir — eu devo dizer-vos que todos vós estareis em tempo de voltar as vossas energias mentais para o cumprimento dos vossos deveres espirituais, traçando um pla­no de ação a partir de agora, mediante o qual possais ainda alcançar a meta que vos traçastes quando ainda no Alto. O artigo primeiro desse plano de ação, se me permitis, deverá ser a vossa determina­ção de vos colocardes diariamente em contato com o Divino Mes­tre, a quem pedireis perdão pelo que até agora não houverdes feito e forças e determinação de o fazerdes nos dias que vos restarem. Poderá parecer utopia a alguns leitores esta minha orientação, di­zendo-vos que vos coloqueis diariamente em contato com o Senhor, por estarem esses convencidos — mal convencidos — de que o Se­nhor Jesus deve estar muito longe ou muito alto, e que não irá dar atenção ao que lhe pedirem ou disserem estes pobres peregrinos da Terra.
Em contestação a essa teoria tão profundamente pessimista, eu vos afirmo que o Senhor Jesus recebe e atende a todos os pedidos de seus guiados terrenos, sempre que estes saibam dirigi-los. Para isso é necessário estabelecer cada um primeiramente o contato com o Senhor, o que se faz por meio da prece-sincera, partida do íntimo da alma em recolhimento, em vez e apenas pronunciada com os lábios enquanto o pensamento vaga pelas coisas frívolas da Terra. Elevada a prece em tais condições, abra cada um o seu coração ao Senhor e conte-lhe as suas necessidades reais, exatas, ou seja, aquilo de que realmente precisa para a sua tranqüilidade e a dos seus. Nosso Senhor aprecia sobremodo a atitude dos filhos que assim se lhe dirigem e jamais deixou ou deixará de atendê-los. É preciso esclarecer que todos os viventes humanos têm direito ao conforto, bem estar e tranqüilidade de Espírito, para que bem possam cum­prir a existência em que se encontram.
É entretanto necessário esclarecer igualmente, que os desvios morais, as infrações porventura cometidas contra as leis divinas e humanas, só contribuem para reduzir o poder mental de cada um para chegar ao boníssimo coração do Senhor Jesus. Corrijam-se, pois, aqueles que a seu próprio juízo tenham infringido aquelas leis; meditem o quanto puderem em tudo o que possa contribuir de agora em diante para tornar o seu viver particularmente feliz; entreguem a Nosso Senhor os seus problemas espirituais ou mate­riais, mas faça isto cada um com verdadeira unção em seus mo­mentos de recolhimento, e eu lhes asseguro que dia virá, e bem próximo, em que estarão repetindo a outrem quanto eu aqui lhes deixo grafado no papel.
O primeiro passo em tal sentido é apenas este: fazer de Nosso Senhor o seu verdadeiro confidente e grande conselheiro, falan­do-lhe a sós em seu recolhimento como se o fizesse ao próprio pai material ou ao seu maior amigo. Este é em verdade o primeiro passo: pôr-se em contato direto com o Senhor para que o Senhor saiba que esse filho existe e precisa de algo. Isto feito, irmãos meus, tudo o mais vos chegará por acréscimo, porque o Senhor anseia verdadeiramente por entrar em contato com os filhos que vivem na Terra. Nosso Senhor escolherá então esses filhos, pelo conhecimento que lhe deram de um coração dedicado, e não apenas os atenderá pressuroso, como também os designará para o desem­penho de tarefas que só os filhos encarnados podem desempenhar. Esta, por exemplo, que o meu intermediário vem desempenhando com tanto amor e dedicação, grafando para a Terra a palavra dos emissários do Senhor, é uma das tarefas que muitos dos leitores poderão também desempenhar, prestando ao Divino Mestre um serviço que só os encarnados podem prestar.
Eis aí ao vosso alcance uma tarefa que apenas requer boa vontade e dedicação sincera à causa de Jesus na Terra. Procurai exercitar-vos também com amor e dedicação porque no Alto sobram Entidades sinceramente desejosas de encontrar na Terra irmãos encarnados em condições de poderem servir ao esclarecimento da humanidade, servindo igualmente ao Senhor Jesus. A recompensa, irmãos meus, é um verdadeiro fanal a ser entregue no Alto, opor­tunamente, a quantos assim fizerem por merecê-lo.
Ora bem, meus queridos irmãos. Creio poder dar por bem cumprida a minha missão junto a vós, nestas palavras que vos deixo, e que são um pedaço de mim mesmo. Peço-vos que não vos con­tenteis em as ler uma vez; lede-as várias vezes com o pensamento neste vosso irmão e amigo, e eu de onde estiver farei por as tornar mais e mais clara, para que a sua luz se incorpore aos vossos belos Espíritos. Aqui se despede e vos abençoa em nome do Nosso Di­vino Mestre e Senhor, este vosso amigo

LONGFELLOW

__________
Not. biogr. — Henrique Wadsworth Longfellow — 1807-1882. Orando escritor e poeta norte-americano. Nasceu em Portland (Maine) e desencarnou em Cambridge (Massachusetts). Foi professor de línguas vivas no Colégio Bowdoin, em Brunswick, e mais tarde na Universidade de Harvard. Entre os numerosos trabalhos de sua autoria, destacam-se a tradução da célebre elegia de Manrique sobre a morte de seu pai (Coplas de Manrique) precedida de um estudo sobre a poesia moral espanhola; o poema Evangelina e o Canto de Hiawatha, nos quais descreveu com felicidade a natureza ameri­cana. Suas pequenas poesias são encantadoras pela delicadeza do sentimento um pouco melancólico e pela justeza da expressão. Entre os trabalhos de Longfellow encontram-se mais de trezentas traduções de autores de diversas nacionalidades, na série Poetas e poesias da Europa, publicada em 1845; uma bela tradução de Dante em 1867-1870, e a Divina Tragédia, drama tirado do Evangelho, em 1871.




Todos os direitos da presente mensagem são reservados para Editora e Distribuidora 33
conforme lei vigente. Para qualquer tipo de impressão ou publicação é necessário pedir por
escrito à Editora 33. A presente mensagem é livre para copiar e distribuir entre amigos e
grupos de estudo, se gostou, indique para familiares e amigos. Pelo auxilio na divulgação
desde já agradeço de coração.
Visite nosso site: www.editora33.com.br ou http://novaordemdejesus.blogspot.com/
Desejo a todos, muita luz, paz e amor.
Darci Dickel

Os Designios de Deus

XIII

OS DESÍGNIOS DE DEUS

Os desígnios de Deus representam em verdade leis imutáveis e perfeitas, que regulam e presidem a vida espiritual em todos os mundos do Universo. Os desígnios de Deus cumprem-se portanto em todos os mundos habitados, quer se trate de habitantes revesti­dos de invólucro carnal, mais ou menos denso, como de Espíritos livres da matéria, habitando mundos espirituais. Em qualquer das circunstâncias, pois, os desígnios de Deus são integralmente cum­pridos por todos os seres encarnados ou não.
São ainda os desígnios de Deus que determinam e presidem a evolução dos planetas em todo o Universo infinito, com fases e épo­cas predeterminadas para a sua ascensão ao grau imediatamente superior àquele em que se encontram. Isto sucede igualmente na escala evolutiva de todos os seres, de tal maneira que a nenhum vivente é permitida a sua estagnação indefinidamente num mesmo grau evolutivo. Da mesma maneira que aos viventes na Terra se torna indispensável o alimento do corpo, para cuja obtenção o indi­víduo tem necessidade de se movimentar, seja ele o mais ínfimo organismo ou o próprio ser humano, assim na vida universal tudo se movimenta por essa força incoercível que reside no íntimo do próprio ser, impelindo-o para frente e para cima, segundo a Lei que preside e dirige a própria vida.
A ninguém e a nada, portanto, é permitido estacionar indefi­nidamente, manter-se aferrado ao mesmo ponto em que o colocaram os desígnios de Deus, porque o próprio ser possui no íntimo essa força incoercível que o obriga a movimentar-se nesta ou naquela direção. Aquele que tiver a felicidade de se movimentar na direção certa, que é aquela que impulsiona o ser para frente e para cima, esse está seguindo o caminho de sua própria evolução de acordo com os desígnios de Deus.
Ora bem, meus caros irmãos e amigos terrenos. Já mencionei que o que sucede aos seres viventes, sucede igualmente aos planetas que giram continuamente no Espaço, conforme está hoje em dia matematicamente demonstrado. E esses planetas vivem por sua vez a vida que lhes é própria, porque sua constituição representa a reunião de uma infinidade de células e moléculas agregadas por força do próprio dinamismo que as conserva unidas, necessitando por sua vez de alcançar conjuntamente os degraus que à sua frente se en­contram na escala evolutiva que lhes é própria.
A Terra, sendo como é um membro ativo dessa imensa família planetária, está neste fim de século determinado a alcançar um novo degrau, a fim de que por sua vez possa oferecer melhores condições de vivência aos seres espirituais destacados para povoá-la, devendo iniciar o novo século já com enorme volume populacional constituído por Espíritos que atingiram ao mais alto grau na escala espiritual. E como esses Espíritos já alcançou em sua evolução muito maior grau do que a Terra lhes pode oferecer, há que modi­ficar então as condições planetárias da Terra, para que esse tipo de habitantes possa aqui permanecer.
Usei desta digressão mais ou menos sucinta acerca da vida e evolução planetária, para justificar as modificações a serem introdu­zidas em breve neste vosso planeta, as quais hão de certamente de­terminar alguns acontecimentos extraordinários em sua superfície, para vós, e em profundidade para as Forças Espirituais incumbidas da orientação, vida e segurança da Terra.
O que possa acontecer em meio à vida terrena não deve causar pânico a ninguém, assim como um grupo de operários não incomoda aos observadores de suas atividades, mesmo quando se trate da demolição de alguma pedreira gigantesca ou conjunto de edifícios, porque aos observadores não escapa a idéia de que eles o fazem para modificar para melhor, seja o desmonte da pedreira, seja a demolição citada, para erguer em seu lugar um novo e portentoso edifício.
Assim pois, meus caros irmãos encarnados, quando ouvirdes surpresos o eco ainda desconhecido, resultante da operação transformadora da superfície da Terra, eco que tanto poderá asseme­lhar-se àquele proveniente do trovão mais aterrador, como produ­zido pela expansão de gases acumulados no interior do solo a que denominais terremoto; quando entre surpresos e assustados ouvirdes o eco de tais acontecimentos, procurai manter-vos em absoluta calma, com o que vos constituirdes um ponto de apoio das Forças Espirituais Superiores que orientam esses fenômenos no solo terre­no. Para que assim possais manter-vos, será bastante vos recordar, do que aqui vos informo, e estabelecerdes in continenti vossa ligação telepática com a Misericórdia de Nosso Senhor Jesus, cuja assistência ou socorro, se for o caso, prontamente vos chegará. Nada temais, irmãos meus. Os trabalhos realizados no subsolo devem ser provavelmente ruidosos, projetando-se mesmo na superfície em certas regiões do mundo. A transformação planetária da Terra assim o exige, no cumprimento ainda dos desígnios de Deus relativos ao vosso mundo.
Eu bem sei que ao ler-me, vosso pensamento se dirige preo­cupado para os vossos familiares, amigos e conhecidos desta vida que viveis. Eu vos direi que vos liberteis dessa preocupação afetiva que porventura dominar os vossos pensamentos, transferindo-a in­tegralmente a Nosso Senhor Jesus, o Salvador de Almas da Terra, porque antes de tais operações se iniciarem, providências foram tomadas para socorrer a todos os filhos em todas as latitudes. Sen­do, como é, o Senhor Jesus, o refúgio certo de todos os filhos encarnados na Terra, é para Ele, para o Mestre Divino que todos devemos apelar em nossos momentos de dificuldades como de prova, valendo-nos exclusivamente da fé que devemos implantar e desen­volver em nosso coração.
Está prevista, é certo, ao longo dos meses e anos que durar o processo de transformação do solo terreno, — está prevista a desencarnação de boa parte dos seres atualmente encarnados, não pelo motivo dessa transformação, como à primeira vista possa pare­cer-vos, mas precisamente porque essa desencarnação foi prevista antes de sua vinda na presente existência, e assim apenas se cumprem os desígnios de Deus. Todos sabemos que a vinda terrena tem um limite em cada indivíduo, e todos regressam a seu tempo ao plano espiritual, o que muitas vezes fizeram antes mas não se re­cordam. A felicidade que cada ser humano poderá alcançar agora, ao término de sua presente existência, decorrerá, isto sim, do maior ou menor grau de fé que houver implantado em seu coração. E o que vem a ser a fé? — poderão alguns indagar. A fé, meus caros irmãos, é o sentimento mais delicado e sublime que o ser humano poderá construir para toda a sua existência infinita. Pela fé en­trará o homem como a mulher, e também a criança, em comunhão direta com as Forças Espirituais Superiores personificadas por Nosso Senhor Jesus; pela fé o Espírito encarnado adquire os bens espiri­tuais e também materiais que devem ornar sua personalidade na Terra; pela fé o recém-desencarnado desfere um vôo sublime do solo terreno ao plano espiritual condizente com a luminosidade de sua própria fé; pela fé o ser humano entra em comunicação com as Forças do Bem sempre que o desejar, bastando-lhe para isso abrir-lhes o coração puro, isento de todos os sentimentos negativos ainda existentes no mundo terreno; pela fé, finalmente, o homem como a mulher transforma o mal em bem, a doença em saúde, a morte em vida, a tristeza em alegria, enfim, tornam-se possuidores de um grau tão elevado de felicidade só limitado pela própria vontade.
Eis aí, amigos que muito prezo, o que Nosso Senhor Jesus me recomendou viesse dizer-vos por este meio, um irmão cujo nome talvez jamais tenhais ouvido pronunciar, porque em verdade muito poucos encarnados têm tido conhecimento de que vivi na Terra inúmeras vezes a serviço do Divino Mestre. Meu nome deve cons­tar dos primórdios do Cristianismo, época em que dei ao planeta o máximo que meu pobre Espírito pôde dar. Recebei pois as sauda­ções daquele que daqui partiu há longos, longos anos, com o nome de
PLUTARCO
_________
Not. biogr. — Escritor grego dos mais notáveis. Nasceu em Queronéa, na Beócia, entre os anos 45 e 50, e desencarnou na mesma cidade no ano 125. Durante sua primeira educação na terra natal, as lições dos mestres eram completadas pelas narrações de seu avô Lamprias, e pelos conselhos de seu pai Ninarco. Aos vinte anos foi para Atenas, onde completou seus estudos de retórica e ciências. Foi eleito deputado a Corinto, junto ao pro­cônsul Achaia. Visitou o Egito e esteve várias vezes em Roma durante o reinado de Vespasiano, onde pronunciou conferências. Visitou vários outros lugares da Itália, regressando em seguida à cidade natal onde viveu o resto da vida. Informam os biógrafos que Plutarco deu o exemplo de todas as virtudes de família; iniciou na filosofia sua mulher Tinmoxena e seus filhos, viveu num circuto de pessoas amáveis e instruídas, das quais ele era o orá­culo; exerceu em Queronéa as mais altas funções da magistratura e fez parte do colégio sacerdotal de Delfos. Plutarco escreveu um grande número de obras sobre os mais diversos assuntos, cujo estilo revela no seu autor uma leitura inteligente, familiar com o vocábulo filosófico e científico. Muitas de suas obras perderam-se; outras foram mutiladas ou resumidas. Conta-se que alguns escritos apócrifos foram introduzidos na coleção de suas obras. Distinguem-se, porém, no conjunto das produções de Plutarco, dois conjuntos: as Obras Morais e as Vidas Paralelas. As primeiras tratam dos mais diversos assuntos, menos de biografias. Mas o que sobretudo tornou popular o nome de Plutarco foram as Vidas Paralelas, obra geralmente conhecida pelo nome de Vida dos homens ilustres, que continua obtendo enorme êxito ainda nos tempos modernos. A obra completa de Plutarco encontra-se nas séries Teubner e na Biblioteca Didot. A edição da Moralia com Index Graecitatis de Wytten­bach (1795-1830) recomenda-se como trabalho valioso.



Todos os direitos da presente mensagem são reservados para Editora e Distribuidora 33
conforme lei vigente. Para qualquer tipo de impressão ou publicação é necessário pedir por
escrito à Editora 33. A presente mensagem é livre para copiar e distribuir entre amigos e
grupos de estudo, se gostou, indique para familiares e amigos. Pelo auxilio na divulgação
desde já agradeço de coração.
Visite nosso site: www.editora33.com.br ou http://novaordemdejesus.blogspot.com/
Desejo a todos, muita luz, paz e amor.
Darci Dickel

Núcleos Vibratórios Positivos

XII

NÚCLEOS VIBRATÓRIOS POSITIVOS

Aconteceu certa vez num mundo pertencente ao mesmo sistema solar da Terra, proceder-se a uma reforma fundamental na maneira, de viver de todos os seus habitantes, para que melhor aproveitados fossem os anos por eles vividos nesse mundo. Com uma antece­dência de mais de um século, vinham os habitantes desse mundo sendo preparados espiritualmente para a referida reforma, quer por meio do aparecimento entre eles de Espíritos Superiores que se mostravam e lhes dirigiam sua palavra audível, quer durante as horas de repouso do corpo, tal como sucede aos terrenos nos tempos que correm.
Para bem se avaliar as disposições da população desta esfera ou mundo de Deus, foi lançada uma espécie de proclamação a todos os recantos habitados, na qual se lhe dava conhecimento amplo do fato em perspectiva, pedindo resposta positiva de haverem os ho­mens e mulheres tomado conhecimento de tudo, tal era o desejo das Forças Superiores de dar ciência a todos os habitantes do que se aproximava.
Sucedeu que a população do mundo em referência, já um pouco mais evoluída do que a que na Terra atualmente se encontra, acei­tou de pronto o que se anunciava e preparou-se atentamente para receber os acontecimentos. Verificou-se então no Alto, com muito agrado, que mais de quatro quintos dos habitantes haviam mani­festado por meio de vibrações mentais uns, e em Espírito outros, durante o sono, não apenas a sua concordância com os fatos anun­ciados, como ainda a disposição de formarem núcleos vibratórios destinados a auxiliar o processo que lhes era comunicado.
A formação de núcleos vibratórios positivos, por parte dos habi­tantes do planeta em referência, consistia na reunião semanal do maior número possível de seres viventes naquele mundo, nas insti­tuições nele existentes para variados fins, cujos salões nos dias designados se destinavam única e exclusivamente à concentração mental dos habitantes presentes, cujas vibrações eram então captadas pelas Forças Superiores e unidas às de todas as demais reuniões. O volume assim construído semanalmente pelas concentrações de mentes em favor da reforma da vida planetária daquele plano de vida, teve um efeito que poderei com muita propriedade classificar de maravilhoso.
Com efeito, um trabalho vibratório de tal natureza, repetido re­ligiosamente todas as semanas, teve o mérito de promover a desejada reforma moral e física do planeta sem maior abalo para a sua popu­lação. Eu vos explicarei então como tal coisa foi possível, se um dos pontos a reformar era precisamente a parte moral da popula­ção, que se mostrava decadente de século em século, e necessitava, evidentemente, de ser reformada. Eis então como as coisas se pas­saram, com muito agrado das Forças Superiores.
Reunindo-se semanalmente, como disse, cerca de quatro quintos da população planetária para emitir exclusivamente pensamentos bons, firmes, de auxílio em favor da reforma anunciada, e para que a mesma se processasse sem dano para as suas pessoas, estas estavam em verdade promovendo a própria reforma moral de que necessitavam, em face da lei mental que nos ensina a emitir pensa­mentos bons, puros, limpos, em favor de outrem, para recebermos em troca vibrações da mesma natureza.
Ora, a determinação adotada pelos habitantes do plano, pro­longada por vários anos a fio, visto como haviam sido informados ser aquele o único meio de poderem salvar a própria pele, o que realmente lhes interessava, esses habitantes passaram a receber uma contrapartida do que em verdade emitiam, e ao cabo de alguns anos desta prática, quando lhes foi anunciado estar a reforma pratica­mente terminada sem que tivessem sido molestados, verificaram as Forças Superiores daquele mundo, ser já de teor bastante elevado o nível mental de mais de oitenta por cento da respectiva população.
Alguns cataclismos verificados na estrutura do planeta em ques­tão, em face da atitude mental de sua população, registraram o desenlace de um número assaz reduzido de almas, precisamente entre os que deixaram de cooperar com a grande maioria. É preciso que fique bem claro, para o necessário entendimento de todos, que Deus, ou melhor, o Governador deste como os dos demais planetas do Universo, não tem o mínimo interesse na desencarnação das almas que em cada um deles se encontram em missão de aprimo­ramento moral. Absolutamente, irmãos encarnados; o Senhor Jesus, por exemplo, a quem o Pai Celestial entregou a humanidade desti­nada a evoluir na Terra, não deseja de maneira alguma que seus guiados terrenos deixem o mundo, por exemplo, aos quarenta, cin­qüenta ou sessenta anos de idade, se todos poderiam alcançar os oitenta ou mais, enriquecendo ao máximo o seu patrimônio espiri­tual. Desta sorte, o número de vindas a Terra em corpo físico fica­ria bastante reduzido, e esses Espíritos, muito mais rapidamente ascenderiam a planos espirituais muito mais elevados, o que vale dizer, passariam mais cedo a uma vivência de indizível felicidade.
Ora bem, meus irmãos encarnados; esta pequena história que aí fica, é um relato fiel, embora sucinto, de acontecimento realmente verificado, sem o que eu não poderia trazê-lo ao vosso conheci­mento. Ela serve muito oportunamente para que possais vós pró­prios ajuizar do que podereis conseguir também em favor de toda a população terrena, se outros quatro quintos dela se dispuserem a irradiar semanalmente, vibrações de alto teor moral em prol da transformação do mundo em que atualmente viveis mais uma exis­tência na carne. Se vossos líderes espirituais, vossos dirigentes reli­giosos, ou mesmo os diretores das vossas associações puderem ca­pacitar-se do grande bem que advirá para toda a população de uma prática sistemática da concentração mental assim dirigida, ah! meus irmãos estimados! vossa alegria e felicidade não terão limites quando em breve testemunhardes haverdes atravessado uma fase de gran­des sofrimentos sem deles haverdes participado.
Amigos meus, irmãos meus: quem assim vos fala recebeu instru­ções para isso emanadas do Nosso Divino Mestre e Senhor Jesus, a quem adora e venera há muitos séculos pela grandeza, miseri­córdia e magnanimidade do seu coração. Quem assim vos fala deixou este mundo há mais de dezoito séculos, tendo em sua última jor­nada recebido a pesada tarefa de cingir uma coroa imperial que honrou até ao último momento. Já então meu Espírito se afeiçoara ao Divino Salvador de Almas, e os meus atos só fizeram aumentar de muito as luzes com que reencarnei. Para alcançar o êxito que alcancei à frente do antigo império romano, eu devo confessar-vos com toda a sinceridade, eu dedicava horas certas no dia para orar ao Senhor, dando conta dos meus atos com as justificativas de cada um, e rogava com toda unção a sua inspiração e guia para aqueles que eu devesse praticar nos dias subseqüentes. Devido a isto, e unicamente a isto, eu devo o acerto com que me houve na direção dos povos que me foram entregues. Sou profundamente grato às referências dos historiadores à minha humilde pessoa, as quais eu transferi integralmente ao meu Divino Mestre e Senhor.
Todos vós que estas linhas tiverdes sob os olhos, deveis consi­derar-vos outros tantos imperadores, porque na realidade assumistes tarefas semelhantes ao baixardes a Terra para construir lar e família que tendes por dever governar. E para que o façais a contento do Senhor, e d’Ele possais receber as graças e luzes de que ainda careceis, não há senão fazer como eu próprio fazia diariamente: apresentar-lhe vossos atos com as justificativas que os determina­ram, e rogar-lhe inspiração e guia para os dias subseqüentes.
Meus irmãos estimados: se assim vos decidirdes daqui para o futuro, eu vos absolvo do mal que porventura possais ter praticado no passado, com a justificativa de que não existe uma única Enti­dade Superior que não tenha falido em seus princípios. No dia, porém, em que decidiram praticar somente o bem, e o que mais é, comunicar-se regularmente como seu maior protetor e amigo que é, incontestavelmente, o Senhor do Mundo, a partir desse dia sua vida se transformou fundamentalmente, e ei-los em pleno gozo de uma felicidade que a linguagem é incapaz de traduzir. Vós todos, por conseguinte, que nestas linhas meditardes, podeis ascender desde agora àqueles planos de luz e bem-aventurança que há séculos vos espera. Decidi-vos pois, eu vos suplico com todas as forças do meu coração: começai já e já a prestar vossas contas ao Senhor Jesus, e vereis com alegria o quanto essa prática serviu para impulsionar o progresso dos vossos belos Espíritos. Aqui se despede e vos abençoa em nome do Senhor Jesus, aquele que passou à história com o nome de

MARCO-AURÉLIO

_________
Not. biogr. — Marcus Aurelius Antoninus Augustus — 121-181 — Im­perador romano famoso pela sua cultura filosófica, retidão de caráter e senti­mentos humanitários. Ascendeu ao trono na idade de quarenta anos, realizou um reinado de grandes benefícios para o povo, em que foram suavizadas várias leis: os escravos receberam novas garantias; as leis penais e o poder dos pais de família foram atenuados; as cidades foram protegidas com a criação de curadores encarregados da administração, e os menores pela criação de um pretor de tutela; o direito de sucessão foi dado ao parentesco natural; foram criados os registros do Estado e civil, e desenvolvida a instituição alimentar.
Seu poder foi freqüentemente desafiado pela sublevação de várias pro­víncias do império, sendo necessário sustentar anos seguidos de guerra para pacificá-las. Os bárbaros do Danúbio e da Armênia talavam a ferro e fogo as províncias e ameaçavam de perto a Itália, tirando ao imperador todo o des­canso. Por fim desenvolveu-se, por todo o império uma peste mortífera que arrebatou ao imperador seu grande amigo Lucius Verus, com quem partilhava o governo do império como segundo imperador. Marco-Aurélio valia-se então da sua fé em orações, sacrifícios e concentrações, para conseguir da Divin­dade a cessação do mal que assolava o império, o que conseguiu ao cabo de algum tempo. Este grande imperador veio a desencarnar no Danúbio aos 59 anos de idade, após haver vencido lutas armadas bastante árduas, contra ambiciosos e descontentes com seus métodos humanitários de governar.
Foi-lhe erigida uma estátua de bronze dourado na praça do Capitólio, em Roma, a qual tem sido requestada por vários governantes para suas pró­prias regiões. Bustos de Marco-Aurélio foram colocados nos museus do Vaticano, dos Ofícios, dos Studi e do Louvre, a fim de perpetuarem perante as gerações futuras, a personalidade deste Grande Espírito que foi imperador romano no Século II da era cristã. Sua estátua em bronze dourado encontra-se atualmente defronte do paço de Latrão.



Todos os direitos da presente mensagem são reservados para Editora e Distribuidora 33
conforme lei vigente. Para qualquer tipo de impressão ou publicação é necessário pedir por
escrito à Editora 33. A presente mensagem é livre para copiar e distribuir entre amigos e
grupos de estudo, se gostou, indique para familiares e amigos. Pelo auxilio na divulgação
desde já agradeço de coração.
Visite nosso site: www.editora33.com.br ou www.novaordemdejesus.com.br
Desejo a todos, muita luz, paz e amor.
Darci Dickel

As Dores do Mundo Terreno

AS DORES DO MUNDO TERRENO

As dores do mundo terreno, este plano de vida em que evo­luem pouco mais de três bilhões de almas na era presente, muito têm afligido e continuam a afligir o boníssimo coração do meigo Nazareno, o Guia Máximo desta humanidade. Necessário se tornou procurar meios de reduzir ou eliminar de todo as causas originárias das dores do mundo, para que se reduzam ou eliminem também os sofrimentos das almas aqui encarnadas.
Foi dito por Entidades que me precederam na tarefa de acon­selhar aos seres humanos a maneira de poderem preparar sua pró­xima partida na mais absoluta paz e felicidade, foi dito que a ora­ção há de constituir o caminho único da sua salvação dos horrores que poderão surgir na Terra em meio aos acontecimentos espera­dos. Pois bem; eu direi agora aos meus irmãos encarnados de todas as regiões do mundo, que talvez nem mais a oração seja meio sufi­ciente para os livrar do provável dilúvio de fogo que se aproxima, sendo necessário recorrer sem mais demora a outra maneira de agir para que possam passar incólumes pela tempestade que se apro­xima da Terra com prazo irrecorrível. E não sendo já suficiente à oração nem tampouco a meditação, o que poderá ser então neces­sário? Eu vos declaro meus filhos muito estimados, porque muito vos amo em meu coração, que a emergência que se aproxima do vosso pequeno planeta requer muito mais de todos vós. Além da oração e da meditação diárias no ato de vos deitardes, é necessário que nesse ato vos entregueis de todo o vosso coração ao Divino Mestre Jesus, o Nosso Salvador Espiritual, mas que o façais com a mais sincera devoção, para que vossa determinação possa receber imediata acolhida por parte do Senhor Jesus. Sendo muitos milhares de almas a atender pelo Divino Salvador num período de tempo relativamente curto, não bastará que vos entregueis à oração assim como quem cumpre uma obrigação para consigo mesmo, porém com a determinação sincera, iluminada por umafé ardente, dirigida com o empenho de quem espera alcançar algo de que possa de­pender a própria felicidade.
Os seres humanos presentes nestes últimos decênios do século, têm uma grande tarefa a desempenhar na operação em princípio de execução, tarefa de cujo cumprimento deverá resultar, ou o abran­damento dos efeitos dos acontecimentos em curso, ou a sua agrava­ção e conseqüente estado de desesperação de todos os habitantes da era que passa. Eu me explico. Se a totalidade dos homens e mulheres deste século se dispuserem a cooperar com as Forças Su­periores, passando a emitir em suas orações diárias vibrações real­mente puras, dirigidas ao coração de Nosso Senhor Jesus, e o fize­rem com o pensamento absolutamente limpo dos ódios e maldades da Terra, o conjunto dessas vibrações, aumentando diariamente pela prática continuada, será então manipulado pelas Forças Supe­riores do Bem, no sentido de reduzir ou até eliminar os dolorosos efeitos que poderão originar-se das operações transformatórias em princípio de execução na Terra.
Já foi dito igualmente por outras Entidades e vós deveis estar lembrados, que a atmosfera da Terra acha-se enegrecida, pela volu­mosa emissão de pensamentos grosseiros pela quase totalidade dos seres humanos da presente e de passadas eras. Se, no entanto, em face do esclarecimento que está sendo difundido entre os homens, os pensamentos se transformarem em vibrações amorosas para com todos os seres humanos, tratando cada qual de policiar os seus pró­prios pensamentos, e, finalmente, se adicionardes a esse fato a vossa determinação de vos entregardes diariamente ao coração do Senhor Jesus, então, meus filhos muito estimados, é bem possível que a transformação da Terra se processe de modo inteiramente imper­ceptível para vós.
O fenômeno pode ser explicado da seguinte maneira: a emis­são de pensamentos bons, sãos, amorosos, dirigidos a todos os seres bumanos, formará na atmosfera terrena uma espécie de pequeno Sol ou satélite, cuja luminosidade irá desfazendo gradativamente a densidade atual, resultante de outra classe de pensamentos, o que desanuviará por completo essa atmosfera atual. Direi mais ainda, filhos meus; a continuidade da irradiação de pensamentos bons, que são, logicamente, a conseqüência de uma nova maneira de pro­ceder, viver e agir por parte dos seres humanos, produzirá dentro de pouco mais de um século, a formação de um verdadeiro satélite da Terra, do qual a humanidade futura poderá socorrer-se em momentos dados.
Tendes lido e ouvido que existem planetas circundados por dois, três e até mais satélites, enquanto a Terra possui apenas um, e ou­tros planetas nenhum possuem até agora. Isto decorre precipua­mente do nível de vibrações emitidas pela mente dos habitantes desses mundos, podendo então ajuizarmos do grau evolutivo dos habitantes de um planeta, ou mundo, e também do próprio mundo, pelo número de satélites que o circundam.
Eis um assunto que eu submeto à vossa meditação, filhos meus, certo de que quanto mais nele vos aprofundardes, mais depressa alcançareis a convicção de que é imprescindível meditar a sério nas coisas de Deus, trabalhar e orar com o pensamento voltado para a paz e o bem-estar dos vossos semelhantes, que outra coisa não são que irmãos vossos, em busca, como vós mesmos, de luz e grandeza espiritual.
Quem hoje recebeu do Senhor Jesus a gloriosa incumbência de vir ao vosso ambiente para grafar tão singelas palavras, é um irmão mais velho, tão velho que me animo a tratar-vos de filhos, e que cumpriu neste mundo bem dolorosas tarefas em milhares de exis­tências vividas na carne. Em quase todas as vindas a este plano de vida, eu procurava descobrir a pérola verdadeira que pensava existir no âmago de todos os homens, e por vezes me revoltava ao verificar que o que em muitos deles existia era o simples carbono. Desconhecia eu que a pérola, no caso os bons sentimentos, o cará­ter por assim dizer, encontravam-se ainda encobertos pela maldade — no caso o carbono — e eu me revoltava com isso e profligava de rijo as fraquezas e maldades dos homens.
A certa altura, porém, o meu Divino Jesus chamou-me e, com aquela bondade imensa que é característica de seu magnânimo co­ração, disse-me certa vez quando d’Ele me despedia para uma nova existência na carne:

“Vai meu filho à tua nova jornada na Terra. Lembra-te porém, de que a carne constitui grande empecilho à vivência do Espírito. Os homens não são propriamente maus, porque são Espíritos, e como Espíritos aqui se demonstraram possuidores de excelentes qualidades. O invólucro carnal é que lhes faz esquecer a posse de boas qualidades, levando-os à realização de atos grandemente prejudiciais a si próprios. Assim, em vez de procurares descobrir a pérola que existe em todos os corações, faze que cada um a descubra e cultive através de atos meritórios ao longo de sua jornada terrena. Vai, pois, filho meu, e cultiva ao máximo o amor e a tolerância para com todos os meus filhos da Terra, sem te revolta­res contra os que não puderem compreender-te. Vai, meu filho, com a graça e as bênçãos do nosso Pai Ce­lestial ” — foram às últimas palavras do meigo Nazareno.
Para sintetizar eu vos direi que a minha última encarnação neste plano em que ora vos encontrais, decorreu de maneira bem diferente das anteriores. Firmado na recomendação do Senhor Jesus à minha despedida, eu meditei bastante acerca de como proceder para ajudar os homens a descobrirem a pérola que existe em seu coração. E cheguei à conclusão de que essa maneira seria, então, não a de me revoltar contra a ignorância porventura demonstrada por eles, mas sim, e com grande eficiência o fiz: orar pelo esclareci­mento dos homens, orar muito, todos os dias com verdadeira unção, para que a luz decorrente das minhas orações conseguisse iluminar o Espírito de cada um, e eles pudessem ir aos poucos eliminando as camadas de carbono porventura existentes, e descobrirem a sua pérola verdadeira — a luz espiritual.
Aí está meus filhos a receita que aqui vos deixo para ajudar­des a curar a ignorância que deparardes ao vosso redor. Orai pelos vossos irmãos encarnados e conseguireis este duplo objetivo, já tam­bém por mim conseguido: ajudareis a iluminar-lhes o Espírito, recebendo duplicado, em troca, o produto de vossa oração. Aplicai a receita em vossa vida diária filhos meus, sem prejuízo da vossa oração ao Senhor, que muito agradareis ao seu magnânimo coração. É o que de melhor pode oferecer-vos este vosso verdadeiro amigo, o Espírito de

CORNEILLE

_________
Not. biogr. — Pedro Corneille — 1606-1684 — Um dos maiores poetas trágicos franceses de todos os tempos. Foi o verdadeiro criador da tragédia clássica. A respeito de sua obra escreveu Racine, no elogio que proferiu na Academia: — “Vós sabeis em que estado se encontrava a cena quando ele começou a trabalhar. Que desordem! Que irregularidade! Todas as regras da arte, mesmo as da honestidade e da decência por toda à parte viciadas. Nesta infância, ou, para melhor dizer, nesta confusão do poema dramático entre nós, Corneille, depois de ter procurado o bom caminho e lutado contra o mau gosto do seu século, enfim inspirado de um gênio extraordinário e ajudado por leituras dos antigos, fez ver na cena a razão, mas a razão acompanhada de toda a pompa, de todos os ornamentos de que a nossa língua é capaz, conciliou admiravelmente a verossimilhança e o maravilhoso, e deixou bem atrás de si todos os que tinha como rivais!...”
Corneille possuía no mais alto grau a invenção dramática, assim como o dom de ligar as grandes intrigas, encontrando sempre combinações enge­nhosas. É por isso chamado, merecidamente, o pai da tragédia francesa, por ter sido o primeiro que apresentou no teatro a representação da alma humana. Diz-se que o teatro de Corneille é uma escola de grandeza da alma, porque exalta os mais belos sentimentos do coração humano. Revelando-se devotado servidor de Jesus, empreendeu uma tradução em verso da Imitação de Cristo que apareceu em 1656, tendo alcançado grande êxito. Foi membro destacado da Academia Francesa, tendo desencarnado aos 78 anos de idade em situação material bastante difícil, agravada pelo desgosto da perda de dois filhos e da incompreensão da geração nova, que entristeceram muito a sua velhice.

Todos os direitos da presente mensagem são reservados para Editora e Distribuidora 33
conforme lei vigente. Para qualquer tipo de impressão ou publicação é necessário pedir por
escrito à Editora 33. A presente mensagem é livre para copiar e distribuir entre amigos e
grupos de estudo, se gostou, indique para familiares e amigos. Pelo auxilio na divulgação
desde já agradeço de coração.
Visite nosso site: www.editora33.com.br ou www.novaordemdejesus.com.br
Desejo a todos, muita luz, paz e amor.
Darci Dickel

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Socorro Espiritual de Urgência

Socorro Espiritual de Urgência
Sempre que o Divino Mestre Jesus intenta dar inicio a algu- ma modificação substancial na esfera que o Pai Celestial lhe entregou para governar, e nela processar o aprimoramento espiritual dos milhões de milhões de almas aqui reencarnadas, o Divino Jesus utiliza todos os meios viáveis para dar conhecimento aos seus guiados, das modificações em curso próximo. Isto está justamente acontecendo neste momento, ao aproximarem-se notáveis modificações na esfera terrena, com alguns possíveis transtornos para os seus habitantes.
Sucede, entretanto, em todas as leis divinas que regem o Universo infinito, que tudo quanto determinado for pelas Forças Superiores, acontece exclusivamente para o bem de todos. Se, por conseguinte, grandes modificações estão para ser operadas no mundo físico em que viveis, não deveis alimentar nenhuma dúvida de que só o serão para o vosso próprio benefício. Pena é que a circunstância de vos encontrardes mergulhados num corpo de carne, vos impeça de ver o panorama a ser desenrolado por toda a superfície do vosso mundo, assim como facilmente podeis apreciar com alguma antecedência, uma planta urbanística a ser executada em local muitas vezes de bem desagradável aparência. Entra em ação em ambos os casas a técnica da engenharia aprimorada, na operação transformadora do panorama. Assim será pois, o que projetado está no Alto para ser realizado na Terra nestes poucos anos que precedem o advento do ano 2000. E se desejardes entrar no conhecimento de acontecimentos que tais modificações hão de operar, não tendes mais do que vos entregardes por alguns minutos diários à meditação com tal objetivo, com a certeza que eu vos dou, de poderdes ver com vossos próprios olhos boa parte desses acontecimentos. O que, entretanto, mais deve interessar no momento a todos os Espíritos encarnados, não é certamente o que estará ou não para acontecer neste pequeno mundo em que mais uma vez vos encontrais num corpo humano, mas sim o que devereis fazer sem perda de um minuto, para conseguirdes escapar à portentosa demolição do que por aí existe, para dar lugar a novas construções, pondo-vos a salvo das conseqüências que isso possa produzir em vosso próprio ambiente.
Já deveis ter observado através das minhas palavras, tanto neste como no livro anterior, que eu faço questão de frisar que vos falo por delegação de Nosso Senhor Jesus e não em meu próprio nome, porque muito pequena é minha valia para tentar dirigir conselhos aos meus queridos irmãos encarnados num mundo que eu próprio palmilhei não sei quantas vezes, sofrendo como vós a influência pejorativa do meio terreno. Nosso Senhor Jesus, porém, seriamente preocupado com a felicidade de todos vós, cujo aprimoramento o Pai Celestial lhe confiou, é que me determinou descer até vós e grafar estas palavras no papel para que possam ser lidas, relidas e meditadas, visto como existe nelas algo de oculto que só uma segunda ou terceira leitura poderá revelar-vos.
Esse sentido oculto que minhas palavras vos hão de revelar é provavelmente o que mais vos interessará, precisamente porque se dirige ao Espírito imortal que sois, e não à matéria perecível em que ora vos encontrais. Sim, irmãos meus; vossa matéria pertencendo à Terra, maiores cuidados não desperta no Senhor, além da saúde perfeita que todos necessitais de manter enquanto dela fizerdes a vossa habitação atual. Mas o Espírito, esse é que constitui a preocupação constante do Senhor, tanto no passado como no presente, mas principalmente no futuro próximo de todos vós.
Gostaria de poder dizer-vos, ou melhor, de repetir-vos de viva voz tudo quanto pretendo grafar neste papel, para que, impressionando mais fundamente os vossos sentidos físicos, neles gravásseis indelevelmente estas minhas palavras, pelo desejo imenso que me anima de poder ajudar-vos em vossa urgente direção espiritual. Ouvi-me, pois, queridos amigos, com os ouvidos do Espírito! Não subestimeis de maneira alguma o que vos deixo grafado nas páginas deste pequeno volume, porque são conselhos de Nosso Senhor Jesus, que Ele sabe bem o motivo pelo qual vo-los envia. Será porventura porque os tempos são chegados? Mais do que isso, queridos irmãos: os tempos já passaram e novos tempos se aproximam aceleradamente.
De outro assunto desejo ocupar-me no presente capítulo, assunto que considero bastante proveitoso para todos vós. Aqueles que deliberarem estudá-lo seriamente, grandes e belos frutos hão de colher. Trata-se da prática de outra modalidade psíquica muito fácil de aprender. É a maneira das pessoas dotadas de um pouco de curiosidade e fé poderem ser úteis aos seus entes queridos e bem assim a qualquer dos seus semelhantes. Num caso de doença, por exemplo, em que alguém se sinta necessitado de socorro médico imediato e este pareça difícil, há um meio muito eficaz que pode ser posto em prática pelo próprio, ou por outrem interessado em socorrê-lo.
Partindo do princípio de que para o Alto não existem as distâncias, e que o transporte de um ser invisível tem a rapidez do pensamento, é bastante à pessoa necessitada de socorro, ou a quem desejar socorrê-la, proceder da seguinte maneira: encher um copo de água e colocá-lo junto a si, ou, no caso de outrem, junto ao doente. Ajoelhar junto ao copo de água e proferir uma prece ao Senhor Jesus, em palavras suas ou mesmo a conhecida oração do Pai Nosso, terminada a qual pedirá a assistência do Senhor para a pessoa necessitada, ou para si mesma se for o caso. Permaneça quem isto fizer por dois, três ou cinco minutos nessa posição, que nesse período alguém terá chegado e ministrado ao doente os primeiros socorros. No caso do próprio necessitado proceder ao pedido de socorro, e não podendo ajoelhar-se, será bastante colocar junto a si o copo de água e proferir a oração.
Irmãos meus, este procedimento, aparentemente tão simples para vós encarnados, representa para o Alto um chamamento de grande eficiência, porque tem o mérito de ser ouvido por todos os Espíritos de Deus destacados pelo Senhor em todo o mundo, exatamente para esse serviço, e fará aproximar-se do local quem mais perto estiver em condições de prestar o necessário socorro. Esta prática pode ser utilizada também após o tratamento operado pelos médicos da Terra, e servirá para a consolidação e maior rapidez da cura, se a desencarnação não estiver predeterminada no Alto.
Aqui vos deixo, meus queridos irmãos, um ensinamento aparentemente simples para vós, mas bastante eficaz na vida terrena, porque suficiente para salvar a vida em muitos casos de acidente ou mal súbito. Empregai-o sempre que puderdes, e verificareis vos próprios a sua grande utilidade. Povos de outras regiões distantes da vossa, de tal maneira se habituaram a implorar ao Senhor a sua presença e ajuda em circunstâncias especialíssimas, que bem poderei dizer que essa prática é ensinada pelos pais às crianças logo que possam entendê-la, sucedendo haver entrado definitivamente na vida de todos os habitantes dessas regiões. Já deveis ter ouvido falar de pessoas simples que adquiriram o hábito de orar ao Senhor antes de iniciarem suas tarefas diárias, e o fazem com um tal poder de sinceridade e fé, que tudo lhes decorre favoravelmente. Estas pessoas podem ser consideradas Espíritos já bastante evoluídos em nova peregrinação terrena, e mais não fazem que pôr em prática hábitos que todos nós adotamos no Alto em nossas tarefas de serviço.
Nos casos de saúde então, a prece tem o poder de atrair a atenção dos Espíritos do Senhor para o local em que tiver sido proferida. Estes, aproximando-se instantaneamente, encontrarão na água ali presente o fluido magnético de que possam necessitar para socorrer o doente. A água, cuja composição, como sabeis, se constitui de hidrogênio e oxigênio puro, fornece aos Espíritos curadores os elementos neces­sá­rios para um tratamento de urgência, no caso um autêntico pronto socorro. Passados uns dez ou quinze minutos, podeis despejar a água na pia ou no pé duma planta, elevando ao Senhor um pensamento de gratidão pela graça recebida.


Todos os direitos da presente mensagem são reservados para Editora e Distribuidora 33
conforme lei vigente. Para qualquer tipo de impressão ou publicação é necessário pedir por
escrito à Editora 33. A presente mensagem é livre para copiar e distribuir entre amigos e
grupos de estudo, se gostou, indique para familiares e amigos. Pelo auxilio na divulgação
desde já agradeço de coração.
Visite nosso site: www.editora33.com.br ou www.novaordemdejesus.com.br
Desejo a todos, muita luz, paz e amor.
Darci Dickel

O Sentido da Vida

O Sentido da Vida
Muitas das pessoas aparentemente mais ilustradas da presente geração na Terra supõem estar vivendo a vida integralmente compatível com os cânones espirituais que regem a existência dos Espíritos encarnados. Supõem essas pessoas, erradamente, que o sentido da vida consiste apenas em nascer, crescer, lutar, e finalmente gozar os benefícios proporcionados pelo acúmulo de maior ou menor soma de bens terrenos, sem nenhuma outra obrigação para si mesmas.
Tal suposição está completamente errada, e só existe pela circunstância resultante do envolvimento total do Espírito pela carne, cerceando-lhe a recordação de sua própria existência multimilenar, como Espíritos de Deus em pleno estágio evolutivo. Esta é a grande verdade que eu gostaria de fazer compreender a todos os homens e mulheres do momento que passa, em seu próprio benefício. Mas gastaria, sobretudo, de penetrar no âmago de seu coração e lá plantar esta grande verdade, para que os dias porvindouros os encontrassem convenientemente preparados.
Isto dizendo, meus queridos irmãos Encarnados, nada mais faço que cumprir determinação amorosa de Nosso Senhor Jesus, que não descansa um minuto sequer, no afã de preparar os seres humanos para a transição iminente das condições de vida na Terra. Já foi dito, por uma Entidade de grande luminosidade, que a Terra vista de Alto assemelha-se a uma espécie de argamassa escura, em cuja superfície vivem Espíritos de várias tonalidades vibratórias. Esta observação traduz muito aproximadamente a situação do planeta em que viveis uma vez mais, e que vos parece coisa muito diferente, acostumados como estais a esse ambiente.
Eu vos direi, porém, que a vida que a todos vos espera, no Alto, não tem comparação com a que ora viveis, e está sendo vivida por alguns de vossos entes queridos, amigos e conhecidos vossos que souberam preparar-se para ela. Dir-vos-ei ainda, irmãos e amigos meus, que nenhum Espírito possuidor de alguma luminosidade deseja reencarnar na Terra, a não ser no desempenho de tarefas de serviço de Nosso Senhor, ou para acompanhar e guiar outros Espíritos em fase de aprimoramento. E isso pela simples razão de que a vida na Terra consiste numa continuidade de lutas, sofrimentos e decepções para o Espírito já possuidor de determinada categoria. Há, contudo, milhões de almas nos planos mais próximos ao vosso, que outra coisa não desejam senão reingressar no plano físico, onde esperam prosseguir em suas existências precedentes, em que demonstraram apenas o desejo de viver a vida puramente material, com esquecimento total das necessidades do Espírito. Esses seres viveram vidas completamente negativas, e por isso sofrem atualmente as conseqüências num estágio de reformulação de idéias e concepções espirituais.
E não é de dizer-se que apenas Espíritos incultos compõem essa população de que vos falo, amigos meus. Há, entre os que em tais planos vivem, Espíritos que aqui perlustraram vossas universidades e até brilharam na explanação de idéias e concepções que poderei denominar esdrúxulas, porque sem nenhum fundamento espiritual. Há nesse meio Espíritos que muito se destacaram na negativa da existência de Deus, Criador e Animador do Universo, afirmando que tudo não passa de uma lei mecânica surgida do nada e pelo nada alimentada, sendo o próprio indivíduo um seu produto.
Nesta e noutras teorias semelhantes, Espíritos desviados de seus objetivos evolutivos bastante se aprofundaram, e, perdida a matéria com a morte do corpo, sentiram-se completamente perdidos no Espaço, por não possuírem nenhum sentido da direção que lhes cumpria tomar após a desencarnação. Estes irmãos foram então recolhidos amorosamente peIas falanges socorristas do Senhor, e conduzidos ao local em que ora se encontram, para refazerem suas idéias errôneas acerca do sentido da Vida. Há ali escolas à altura dos conhecimentos e aptidões de cada um, desde que concordem em freqüentá-las, e com a graça do Senhor, um número bastante respeitável destes irmãos já deu provas de aproveitamento. Apenas não poderão reencarnar tão cedo na Terra, por estas duas razões: a de que não poderão fazê-lo neste fim de século por falta de condições para viver no ambiente atual, e a de que com o início do próximo século, só elementos devidamente preparados poderão viver aqui. De maneira que, estuda-se presentemente no Alto a possibilidade de serem aquelas almas enviadas a outro mundo de vibração inferior à da Terra no século próximo, ou permanecerem onde estão por tempo indeterminado, em fase de recuperação total.
Isto que ora vos relato, meus queridos irmãos e amigos, serve para que possais formar uma idéia aproximada dos trabalhos do Senhor, para conseguirmos corrigir juízos e concepções errôneas adquiridas na Teria, por Espíritos mal orien­tados e por isso sujeitos a grandes delongas em sua escala evolutiva. Afirmar, por exemplo, como alguém freqüentemente afirma, que tudo é matéria, matéria e só matéria, e que nada mais existe além da matéria, é cometer leviandade lamentável em seu próprio prejuízo, e daqueles que lhes derem ouvidos. Essa concepção total pode ter certo cabimento à luz da própria ciência espiritual, que bem define os diversos estados da matéria, segundo o plano em que a mesma venha a ser estudada. Consistirá tal conceito numa concepção altamente científica, em que se poderá atribuir ao próprio Espírito um determinado estado de matéria.
Não tem sido essa, porém, a concepção a que se entregaram aqueles nossos irmãos a quem me venho referindo, porque suas conclusões os levaram exatamente a considerar o homem como sendo o fator e dirigente máximo da vida planetária. Isto posto, a conclusão a que todos devemos chegar, por ser a única que a todos nos há de conduzir à perfectibilidade, e, conseqüentemente, à integração numa vida planetária absolutamente tranqüila e feliz, é a de que todos os homens e mulheres da Terra são Espíritos em fase evolutiva, sob a direção superior de Nosso Senhor Jesus, o Divino Salvador de todos nós, e apelarmos constantemente para Ele, que outra coisa não deseja que não seja o bem-estar e a felicidade de todas as almas que o Pai Celestial lhe entregou para dirigir e aprimorar. E como sabemos que a vida não termina absolutamente no túmulo, como o prova o fato deste vosso amigo estar aqui ditando estes conceitos, a melhor maneira de todos porem termo aos seus sofrimentos e preocupações atuais, é voltarem-se diariamente para o Senhor e entregarem-lhe os seus problemas.
Não há nem pode haver outra maneira de atrairdes a felicidade relativa que podereis desfrutar enquanto na Terra, além deste meio que ora vos aponto, e que representa a base e a razão de minha vinda ao vosso meio terreno. Aceitá-Io e pô-lo em prática, é determinação bastante agradável para todos vós, meus queridos, sobre a qual espero podermos um dia ainda conversar.
Referindo-me ainda àqueles irmãos nossos de quem falei em princípio, desejo informar-vos que eles não se encontram onde estão devido a alguma espécie de castigo; absolutamente, meus queridos. No Além não existe nenhuma espécie de castigo para quem quer que seja, porque tudo ali é amor, amor, e somente amor. O fato de grande número de almas passar a viver em determinado plano resulta do seu próprio estado vibratório, que entrou em harmonia com vibração semelhante. E como os semelhantes se atraem, o que é uma grande verdade, as almas em referência foram atraídas pelas vibrações afins, aproximando-se instintivamente do plano em que repousam. A todo o tempo em que suas vibrações se modifiquem pelo apuro e correção de concepções errôneas, essas almas automaticamente abandonam o plano em que se encontram, assim como abandonaram o corpo físico na Terra quando o mesmo se lhes tornou imprestável.
Este esclarecimento torna-se necessário para algumas pessoas que poderiam atribuir a Nosso Senhor a separação das almas no Espaço, por meio de alguma seleção outra que não seja o rigoroso estado vibratório de cada uma. E dizendo estado vibratório, implícito está que a seleção se processa automaticamente, segundo o grau de aprimoramento moral e espiritual que acompanha todos os seres viventes, quer na Terra como no Espaço, isto é, tanto durante a encarnação como após a desencarnação dos Espíritos. E assim sendo... para que dizer mais?

Todos os direitos da presente mensagem são reservados para Editora e Distribuidora 33
conforme lei vigente. Para qualquer tipo de impressão ou publicação é necessário pedir por
escrito à Editora 33. A presente mensagem é livre para copiar e distribuir entre amigos e
grupos de estudo, se gostou, indique para familiares e amigos. Pelo auxilio na divulgação
desde já agradeço de coração.
Visite nosso site: www.editora33.com.br ou www.novaordemdejesus.com.br
Desejo a todos, muita luz, paz e amor.
Darci Dickel

Os Dois Caminhos

Os Dois Caminhos
Os homens e as mulheres do presente têm diante de si, bem abertos perante sua visão espiritual, dois grandes caminhos que podem conduzi-los a bem diferentes destinos. — Um deles, o caminho do Bem e da Verdade, é o caminho que seus Espíritos no intimo gostariam de percorrer, se para tal conseguirem as forças necessárias. Este caminho pode conduzir-vos, meus irmãos encarnados, à situação de Espíritos felizes, num mundo que todos vos deixastes em certo ponto do Universo, ao ingressardes uma vez mais na presente encarnação em que viveis.
O outro caminho, aquele que vossa matéria mais aprecia pelas ilusões de prazer e de gozo que a todos oferece, é o caminho que conduz ao estacionamento, à estagnação espiritual de quantos o têm preferido na Terra. Tendes por conseguinte em vossa frente assas duas possibilidades para que vos decidais a utilizá-las, meus queridos irmãos encarnados.
Não necessitarei de dizer mais para convencer-vos acerca de qual dos dois caminhos deveis preferir para alcançardes a felicidade espiritual que viestes buscar, ou melhor, que viestes conquistar na Terra. Nosso Senhor espera que saibais escolher bem, uma vez que nenhuma forma de imposição, pode ser exercida sobre cada um de vós neste sentido. Contudo, sempre vos apresentarei uma imagem que poderá esclarecer-vos melhor a respeito de vossa determinação. É a seguinte: — Todos haveis de ter observado, nas grandes solenidades terrenas, duas categorias bem distintas de criaturas presentes. Uma delas, sempre bem apresentada, em trajes apurados e distintos, é a que toma parte efetiva, ocupando os lugares preferenciais, reservados exatamente para essa categoria de assistentes e convidados. A outra categoria ocupa quando muito os poucos lugares sobrantes e se estende pelos corredores e até pelos arredores, na tentativa de participar também da solenidade.
No Alto verifica-se uma situação análoga, não apenas em relação às solenidades que ali se realizam, mas em toda a maneira de viver dos Espíritos desencarnados. Aqueles que na Terra se esforçaram no aprimoramento de suas qualidades morais, aqueles que souberam pôr em ação todas as virtudes latentes em seu Espírito, com que alcançaram a sua luminosidade, serão as criaturas privilegiadas no Alto, formando a primeira categoria nas solenidades que ali se realizam. Os Espíritos, porém, que preferiram desgastar sua encarnação na colheita apenas de prazeres materiais inteiramente negativos, esses, meus queridos, são os que no Alto vão formar aquela segunda, terceira ou quarta categorias, tal seja o grau de seu lamentável atraso espiritual.
E não caberá dizer-se que não souberam quando nem como enveredar pelo caminho do Bem, da Luz e da Verdade, porque na realidade, todas as noites durante o sono do corpo, homens e mulheres cujo Espírito se afasta do corpo por determinação superior, recebem os necessários ensinamentos e conselhos para sua condução e comportamento nos dias subseqüentes. Para recordá-los, bastará que cada um se habitue a orar e meditar todas as noites ao deitar, conforme ficou dito e redito noutros capítulos, hábito este cujo valor só o próprio poderá bem avaliar.
Disse o Senhor Jesus no Prefácio do nosso primeiro livro, que no Alto não existe nenhuma espécie de imposição para que cada um aceite ou não os ensinamentos que nos chegam de mais alto, e disse Nosso Senhor a verdade completa. Lá como aqui, também nos chegam freqüentemente de planos mais elevados, conselhos e ensinamentos, trazidos por Entidades missionárias, destinados a quantos desejem progredir espiritualmente, para sua maior felicidade. A diferença que existe em relação aos Espíritos desencarnados é apenas a ausência das vibrações grosseiras produzidas pela carne sobre o Espírito, sucedendo então que apenas uma parcela muito reduzida da população espiritual daqueles planos deixa de aceitar imediatamente os conselhos e ensinamentos recebidos. Esses mesmos, contudo, mais dia menos dia se decidem, e ei-los aprimorando gradativamente suas faculdades morais e alcançando novos planos de felicidade.
O momento atual para os homens e mulheres terrenos apresenta-se algo diferente em relação à opção de cada qual em aceitar ou não o que este e outros missionários do Senhor estão transmitindo à humanidade terrena. O momento atual deve ser encarado muito a sério, irmãos e amigos queridos, por ser particularmente decisivo em vosso próximo futuro.
O momento presente representa para todos vós encarnados aquele em que o náufrago, debatendo-se no mar alto, só deseja encontrar uma tábua que seja, que lhe permita flutuar um pouco mais na esperança de socorro.
Estes conselhos que vos trago por determinação do Senhor, já o disse e repito, não representam apenas a tábua tão ansiosamente desejada pelo náufrago, mas o próprio socorro, seguro, real, verdadeiro, para quantos se encontram na Terra neste fim de século e de civilização. Aceitar estes conselhos e agarrar-se a eles, com desprezo do mais que houver, é ter assegurada a sua salvação em face de acontecimentos que devem manifestar-se bem proximamente.
Vamos raciocinar um pouco, vós e eu, meus queridos irmãos encarnados. Eu perguntarei a cada um de vós que estas linhas compulsais, se alimentareis alguma idéia de permanecer indefinidamente na Terra, por maior que possa ser a vossa fortuna e bem-estar material. Raciocinemos então, antes de responder. Sendo a vida e a saúde do corpo bastante precárias, não excedendo a média de duração da vida humana a cinqüenta anos, visto como antes deste limite um grande número desencarna, certo é que nenhum de vós alimenta aquela idéia de permanência indefinida. Ora, se assim, é, e sendo também certo que, enquanto o corpo segue o destino das coisas imprestáveis, o Espírito tem de seguir para alguma parte em obediência às leis da Criação e Evolução, uma vez que não pode ficar preso ao corpo nem um minuto além da morte deste. Para onde vai então, meus queridos, o Espírito? Ele vai ou será conduzido com todo o carinho pelos vossos amigos e Protetores invisíveis ao plano que lhe corresponder, segundo a sua categoria, vede bem, segundo a categoria que tiver alcançado ao longo de sua existência na carne. E tanto poderá ser conduzido a um autêntico paraíso, para usar uma expressão que para vós traduz um lugar de paz e de felicidade, como poderá ser encaminhado a algum plano bem diferente daquele, onde deverá meditar seriamente no que houver feito em sua trajetória recente, como também naquilo que prometeu fazer e não fez, por este ou por aquele motivo. E como a vida espiritual é infinita, o que poderá suceder a muitos é permanecerem em planos de meditação por tempos indeterminados, segundo sua própria consciência o requerer.
Em face, pois, do dilema, dado que na Terra não podereis permanecer além do tempo previsto, parece-me que não podereis decidir-vos senão pela estrada luminosa do Bem, da Luz e da Verdade, que é a única que vos há de conduzir aos planos luminosos em que perduram a harmonia, o amor e a bem-aventurança. Lá, nesses autênticos paraísos, ireis encontrar todos os vossos parentes, amigos ou simples conhecidos que partiram antes, se houverem merecido viver ali. Pode dar-se que em vista que vos seja permitido fazer aos planos de meditação de que falei, lá possais encontrar algum ente caro ao vosso coração, cuja vida terrena para ali o encaminhou. Se isto acontecer, eis o que podereis fazer por eLe, vós que lograstes alcançar melhor categoria: prostrar-vos perante o Senhor Jesus, e rogar que vos seja permitido oferecer-lhe uma parcela da vossa própria luz para que aquele Espírito que muito estimais possa melhorar de situação. Isto fazendo, meus queridos, surpreender-vos-eis ao constatar que o vosso pedido é atendido sem que percais um átomo sequer da vossa luminosidade.
Como pode ser isto? — perguntareis certamente, admirados ante o fenômeno. Isto sucede pela grandiosidade da Misericórdia do Nosso Divino Salvador. Quando um filho pede sinceramente para repartir com outro uma parte do que possui, essa parte se transfere realmente ao segundo, recebendo o primeiro igual parcela daquilo que de coração puro ofereceu. É a grandiosidade da Misericórdia Divina, irmãos meus, que opera esse e outros prodígios que parecem milagres. Felizes quantos os merecerem.


Todos os direitos da presente mensagem são reservados para Editora e
Distribuidora 33 conforme lei vigente. Para qualquer tipo de impressão ou
publicação é necessário pedir por escrito à Editora 33. A presente mensagem é livre
para copiar e distribuir entre amigos e grupos de estudo, se gostou, indique para
familiares e amigos. Pelo auxilio na divulgação desde já agradeço de coração.
Visite nosso site: www.editora33.com.br ou www.novaordemdejesus.com.br
Desejo a todos, muita luz, paz e amor.
Darci Dickel

O Trabalho e a Oração

O TRABALHO E A ORAÇÃO

Os homens do presente, tanto quanto os do passado, têm recusado tomar a sério certos conselhos que de vez em quando surgem no meio ambiente, como a tentar despertá-los para as coisas relacionadas com os verdadeiros interesses do Espírito.
Grandes homens do passado, cujos nomes a História registra por seus feitos materiais, ficaram seriamente perturbados ao regressarem ao mundo espiritual donde haviam provindo, devido ao seu despreparo espiritual, ao fim da encarnação recém-vencida.
Isto sucedeu a homens que comandaram legiões na Terra, a outros que foram verdadeiros árbitros no mundo dos negócios, a grandes capitães da indústria, banqueiros notáveis, líderes no comércio, potentados na política, mestres na diplomacia com acatamento geral às suas opiniões e atitudes, conduzindo com inteligência e habilidade rara os negócios de seus ministérios.
Estes homens, é claro, receberam na Terra uma instrução completa em vários anos de preparo especializado, tendo muitos deles adquirido elevado grau de cultura e experiência que lhes granjearam justo prestígio e renome, não apenas em seus próprios países como também no ambiente internacional. Pois bem, meus caros irmãos; dizer que a maioria dos homens citados, apenas conseguia fazer de Deus uma idéia vaga, imprecisa, nebulosa, não chegando a adquirir convicção a respeito de sua existência ou não, pode parecer uma fantasia, mas não o é realmente.
Tais homens alimentaram apenas em sua vida terrena, a preocupação de estarem sempre bem com seus chefes transitórios, no que se refere aos políticos e diplomatas, pouco se lhes dando igualmente a existência do Divino Mestre Jesus, cuja doutrina apenas conheciam através dos filtros do catolicismo ao tempo de sua meninice. Quanto aos homens do comércio e da indústria, como os do mundo financeiro, poucos foram os que realmente invocaram Nosso Senhor para o êxito de seus empreendimentos, e quase nenhum deles o fez em prol de sua melhoria espiritual.
Não é, pois, de surpreender que os Espíritos desses homens, ao chegarem de regresso aos planos de donde haviam descido à Terra para uma nova etapa de aprimoramento espiritual, se encontrassem completamente estagnados e às escuras, por não haverem adquirido luz suficiente para poderem caminhar sozinhos. Muitos deles se quedaram silenciosos, desalentados, em profunda meditação, recebendo intuições que sempre ocorrem nesses momentos, tendo alguns lançado para consigo mesmos as seguintes indagações:
— “Como é que eu me encontro em tão deplorável situação, se fui na Terra um homem tão importante, acatado e respeitado por todos os que me conheceram?! Dar-se-á, porventura, que o meu esforço e o meu trabalho não foram suficientes para conseguir luz para o meu Espírito? Como pode ser isto?”
Lançando tais indagações, esses Espíritos caíam novamente em meditação e desalento, e prosseguindo nesse estado, uma voz se fez ouvir, lançando-lhes outras indagações mais ou menos assim:
— Tens certeza, meu irmão, de que a tua vida terrena decorreu, em verdade, sob normas duma perfeita correção moral, reta justiça, conferindo a cada um de quantos te serviram aquilo a que fizeram jus? Ou será que a par de esforços nobilitantes para o teu Espírito, atos ocorreram em certo número que só podiam denegri-lo? Podes assegurar perante Nosso Senhor que fizeste algo para propagar, pela palavra ou pelo exemplo, a necessidade do amor ao próximo como um de seus luminosos ensinamentos? Ou procuraste usufruir da vida terrena todos os proventos possíveis para o teu prazer e engrandecimento perante os homens? Continua em tua meditação, irmão meu, que eu voltarei oportunamente para recolher tuas respostas às indagações que aí ficam...
A voz amiga emudeceu. O Espírito em causa caía em profundo desalento, assim permanecendo durante dias e dias, meses e anos até, ao constatar que sua última passagem pela Terra, numa vida opulenta e bonançosa, em nada contribuíra para o seu adiantamento espiritual.
A certo Espírito recém-chegado da Terra, durante cuja encarnação não aprendera sequer a rezar, porque fora jogado no trabalho em tenra idade, indagações semelhantes foram feitas, e ele, em sua perfeita consciência do que fora, apenas conseguiu responder mais ou menos o seguinte:
— “Não sei quem assim me fala; mas vou responder com toda a minha alma, o que posso responder. Devo dizer que nem uma vez procurei dirigir-me a Deus, porque não pude aprender a chamá-lo, uma vez que iniciei minhas atividades ainda com os dentes de leite. A Nosso Senhor Jesus Cristo também nunca incomodei porque não me foi preciso. Se isso for uma falta, quero ser punido porque só agora tomo conhecimento dela. A única coisa que fiz durante os oitenta anos que vivi na Terra, foi trabalhar. Trabalhei posso dizer sem descanso, porque, tendo criado indústrias, dei trabalho a alguns milhares de operários, do qual outros milhares de homens e mulheres viveram e se alimentaram, e lá continuam usufruindo o resultado de uma organização a que dia e noite me entreguei. Devo dizer ainda que injustiças, não me acusa a consciência de haver praticado; apenas fui sempre exigente no cumprimento dos deveres de cada um. Fundei escolas e centros assistenciais dentro da minha organização, só para servir e amparar meus operários e suas famílias”.
Este Espírito, um pouco esgotado por sua narrativa, silenciou por momentos e ajuntou para finalizar:
— “Foi só o que pude fazer na Terra. Se merecer alguma punição, que ela se cumpra, segundo a vontade de Deus”.
Este Espírito, caros irmãos, deu provas de ser realmente valoroso. Não tendo recebido instrução intelectual por ter sido atirado à vida em tenra idade, soube construir uma das maiores organizações de trabalho na Terra, proporcionando salário, educação técnica e assistência a muitos milhares de outros Espíritos. Se não se destacou por seu devotamento à Grande Causa de Jesus na Terra, mereceu do Divino Mestre aquele galardão que Nosso Senhor destina aos grandes construtores da vida terrena. Tendo empregado em sua organização milhares de famílias, aquele irmão proporcionou-lhes meios de educarem seus filhos e parentes, resultando daí haver atualmente numerosos engenheiros, médicos e técnicos em diversas especializações, a serviço da organização em que seus progenitores foram simples operários.
Este é um dos raros casos em que o trabalho organizado em justos princípios se pode substituir à oração. O fato de alguém proporcionar trabalho remunerado e constante, constitui para Deus uma forma de oração.
E os outros Espíritos? — perguntar-me-eis. Ai de mim irmãos meus; preferia não ter de responder, mas é meu dever fazê-lo porque é essa a minha missão. Entre aqueles a quem em princípio me referi, e que brilharam sobremodo na Terra pelos êxitos alcançados em virtude de sua cultura, de seu talento e senso de oportunidade, alguns não conseguiram afastar-se do local por vários anos, ao fim dos quais, de tanto implorarem, foi-lhes concedido um novo mergulho na carne, sob promessa de algo fazerem por sua elevação espiritual. Alguns deles encontram-se novamente aqui cumprindo modestas mas úteis tarefas, agarrados à idéia que do Alto trouxeram, de que só o amor constrói para a eternidade. O trabalho e a oração constituem, em verdade, as asas que podem conduzir os Espíritos encarnados mais rapidamente à aquisição de sua verdadeira felicidade.
Aqui se despede de vós por hoje e vos abençoa o vosso dedicado — Irmão Tomé.

Todos os direitos da presente mensagem são reservados para Editora e Distribuidora 33
conforme lei vigente. Para qualquer tipo de impressão ou publicação é necessário pedir
por escrito à Editora 33. A presente mensagem é livre para copiar e distribuir entre amigos e grupos de estudo, se gostou, indique para familiares e amigos. Pelo auxilio na divulgação
desde já agradeço de coração.
Visite nosso site: www.editora33.com.br ou www.novaordemdejesus.com.br
Desejo a todos, muita luz, paz e amor.
Darci Dickel

Faça contato com a Nova Ordem de Jesus

Rua Ludwig Wagner, nº 75 - Bairro Centro
Cep 95780-000 - Montenegro - RS - Brasil
novaordemdejesus@novaordemdejesus

Delegado da Ordem: Darci Dickel
(51) 9739-9884 - darcidickel@novaordemdejesus.com.br